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EUA insta Egito a manter tratados internacionais e saúda progressos

O governo americano ressaltou o papel do Egito no processo de paz no Oriente Médio

Protestos no Egito: locais sem presença da polícia são patrulhados por civis (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Protestos no Egito: locais sem presença da polícia são patrulhados por civis (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2011 às 21h46.

Washington - Os Estados Unidos instaram nesta segunda-feira qualquer novo governo do Egito a respeitar os tratados e compromissos atuais, enquanto saudaram os "progressos" conquistados no início das negociações entre o regime de Hosni Mubarak e a oposição.

O governo americano ressaltou o papel do Egito no processo de paz no Oriente Médio, após assinar um tratado de paz com Israel em 1979. Mas o histórico acordo é fortemente criticado pela Irmandade Muçulmana, o influente movimento islâmico opositor que participa das negociações com o governo egípcio.

Os Estados Unidos "serão os sócios de um governo" egípcio que "respeite os tratados e compromissos" atuais, declarou o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, em alusão a estes acordos de paz.

O vice-presidente egípcio, Omar Suleimán, nomeado para este cargo nos primeiros dias da crise, recebeu neste domingo representantes de diversos grupos opositores, incluindo a Irmandade Muçulmana, embora esses contatos não tenham conseguido resolver a situação.

A oposição repete que Mubarak deve renunciar ou delegar imediatamente seus poderes a Suleimán.

Enquanto isso, o presidente americano Barack Obama estimou que o processo político no Egito está progredindo, em meio à agitação social.

"Obviamente, o Egito tem que negociar um caminho e estão fazendo progressos", disse Obama.

Os Estados Unidos não estiveram em contato com a Irmandade Muçulmana desde o início das manifestações, há duas semanas. Além disso, os EUA têm muitas diferenças com este movimento islâmico, que há tempos é considerado ilegal pelas autoridades egípcias.

"Temos muitas discordâncias com a retórica de alguns dos líderes desta organização (...) a retórica antiamericana", disse Gibbs.

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