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EUA iniciam programa sobre estudantes imigrantes ilegais

O programa migratório temporário foi emitido por Barack Obama no último dia 15 de junho e acabou gerando inúmeras criticas ao presidente americano


	O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama foi acusado de oportunismo político por parte de líderes republicanos e de grupos conservadores
 (Alex Wong/Getty Images/AFP)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama foi acusado de oportunismo político por parte de líderes republicanos e de grupos conservadores (Alex Wong/Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2012 às 19h05.

Washington - Mais de um milhão de estudantes que estão ilegais nos EUA, a maioria vindos do México e do resto da América Latina, poderão se inscrever a partir desta quarta-feira em um programa temporário para garantir permissões de trabalho e a permanência no país.

O programa migratório temporário foi emitido por Barack Obama no último dia 15 de junho e acabou gerando inúmeras criticas ao presidente americano, acusado de oportunismo político por parte de líderes republicanos e de grupos conservadores opostos a uma reforma imigratória.

Segundo os grupos pró-imigrantes, trata-se de um momento 'histórico': a última vez que os Estados Unidos outorgou um alívio imigratório em massa foi com a 'anistia' de 1986, que beneficiou cerca de 3 milhões de imigrantes ilegais com um visto de residência permanente.

Desta forma, vários centros comunitários da comunidade imigrante abriram suas portas para oferecer ajuda gratuita aos chamados 'Dreamers' (sonhadores), como são conhecidos os estudantes que obteriam a residência permanente se o Congresso finalmente aprovasse a lei do 'Dream Act'.

Essa legislação foi aprovada pela Câmara dos Representantes em dezembro de 2010, mas ficou estagnada no Senado devido às disputas partidárias que envolvem a reforma do sistema de imigração dos Estados Unidos.

O Escritório de Serviços de Imigração e Cidadania (USCIS) reiterou hoje que a diretriz, conhecida como 'ação diferida', não oferece status legal algum rumo à residência e cidadania permanente.

No entanto, os estudantes acolhidos pelo programa 'não serão deportados dos EUA durante um período renovável de dois anos, e também poderão solicitar licenças de trabalho'.

Assim, com o pagamento de US$ 465, os estudantes imigrantes ilegais poderão obter uma licença de trabalho temporário e carteiras de motorista sem o medo de serem deportados.

Para participar deste programa, os estudantes terão que demonstrar documentos válidos que comprovem que os mesmos tinham menos de 31 anos de idade quando a medida foi anunciada, que entraram nos EUA com menos de 16 anos, que estão possuem cinco anos de residência consecutiva e que não têm histórico criminal.

Além disso, os estudantes terão que apresentar provas de seus estudos, de serviço militar ou da Guarda Litorânea, impressões digitais e mais dados biométricos.

A USCIS revisará as solicitações 'caso a caso', e o que for reprovado - por fraude ou por antecedentes penais, por exemplo -, será encaminhado para Imigração, tendo chance de ser deportado ou de receber um processo judicial.

O consenso daqueles que são pró-reforma é que este alívio imigratório é um primeiro passo para o Congresso viabilizar uma solução permanente para os 11 milhões de imigrantes ilegais deste país.

O virtual candidato presidencial republicano Mitt Romney prometeu que, se chegar à Casa Branca, impulsionará uma reforma imigratória, embora também tenha afirmado que vetaria o 'Dream Act'.

Embora o Governo desconheça quantos e quem receberá esse alívio imigratório, as projeções de centros de estudos especializados oscilam entre 1,39 milhões e 1,76 milhões de estudantes imigrantes ilegais. EFE

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