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EUA impõe novas sanções à Rússia na abertura do G-7

Os líderes mundiais desembarcaram ontem em Hiroshima, incluindo o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que participará como convidado

O anúncio com detalhes das novas sanções será divulgado hoje, na abertura da cúpula (AFP/Reprodução)

O anúncio com detalhes das novas sanções será divulgado hoje, na abertura da cúpula (AFP/Reprodução)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 18 de maio de 2023 às 20h01.

Última atualização em 18 de maio de 2023 às 20h06.

Os Estados Unidos anunciaram ontem novas sanções contra a Rússia pouco antes da abertura da cúpula do G-7, em Hiroshima, no Japão. Segundo um alto funcionário da Casa Branca, todos os membros do grupo estão preparando um novo pacote de medidas com a ajuda americana. O objetivo, segundo ele, é dificultar a renovação da "máquina de guerra" dos russos.

O anúncio com detalhes das novas sanções será divulgado hoje, na abertura da cúpula. O funcionário americano, que falou sob condição de anonimato, afirmou que as medidas colocariam na lista de restrições dos EUA cerca de 70 entidades russas e de outros países envolvidas na produção de equipamentos de defesa usados pela Rússia. Seriam punidos também mais de 300 indivíduos entidades, aeronaves e embarcações.

China

Os líderes mundiais desembarcaram ontem em Hiroshima, incluindo o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que participará como convidado. No local do primeiro ataque nuclear do mundo, o G-7 discute, além da guerra na Ucrânia, medidas para conter o avanço da China, mas sem alienar Pequim, um importante parceiro comercial da maioria dos países.

A cúpula do G-7, composto por Japão, Itália, Canadá, França, Reino Unido, EUA e Alemanha, vai de hoje até domingo. Além do Brasil, também foram convidados Austrália, Comores, Ilhas Cook, Índia, Indonésia, Coreia do Sul e Vietnã. A ideia é aproximar as potências de países em desenvolvimento para reduzir a influência chinesa em lugares estratégicos.

Ucrânia

O tema dominante da cúpula de Hiroshima, no entanto, deve ser mesmo a guerra na Ucrânia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acaba de concluir uma viagem que serviu para ele obter apoio militar dos europeus. "A Ucrânia impulsionou o senso de propósito comum do G-7", disse Matthew Goodman, vice-presidente do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.

"O Japão ficou chocado quando dezenas de países em desenvolvimento relutaram em condenar a Rússia pela invasão da Ucrânia, no ano passado", afirmou Mireya Solís, diretora do Centro de Estudos de Políticas do Leste Asiático da Brookings Institution. "O governo japonês acredita que este ato de guerra seja uma ameaça direta aos fundamentos do sistema internacional do pós-guerra."

A decisão de sediar a cúpula do G-7 em Hiroshima não foi por acaso. Os EUA lançaram uma bomba atômica sobre a cidade japonesa em 1945, matando 140 mil pessoas. O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, que é da cidade, espera que a escolha do local ressalte o compromisso do Japão com a paz e com a não proliferação.

As preocupações com a força da economia global, o aumento dos preços e a crise do limite da dívida nos EUA também estarão no topo da lista de temas discutidos no G-7. Ministros das Finanças e chefes dos Bancos Centrais, reunidos antes da cúpula, prometeram novas ações de combate à inflação, fortalecimento do sistema financeiro e de ajuda aos países endividados.

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