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EUA, França e Bélgica cooperarão por reatores mais seguros

Os reatores experimentais que utilizam urânio enriquecido a 90% nesses países devem funcionar com rendimento similar com urânio de enriquecimento mais baixo

O presidente americano, Barack Obama, escuta o primeiro-ministro sul-coreano, Kim Hwang-sik:  atualmente há no mundo cerca de 200 reatores de pesquisa (Saul Loeb/AFP)

O presidente americano, Barack Obama, escuta o primeiro-ministro sul-coreano, Kim Hwang-sik: atualmente há no mundo cerca de 200 reatores de pesquisa (Saul Loeb/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2012 às 07h51.

Seul - Estados Unidos, França, Coreia do Sul e Bélgica anunciaram nesta terça-feira um acordo para minimizar o uso de urânio altamente enriquecido nos reatores de pesquisa através do desenvolvimento de um combustível mais seguro.

O anúncio foi feito na segunda e última jornada da Cúpula de Segurança Nuclear de Seul, que reúne líderes de 53 países e quatro organizações com o objetivo de reforçar a cooperação na luta contra o terrorismo atômico.

Em entrevista coletiva, representantes dos quatro países sublinharam a importância deste pacto, que projeta que os reatores experimentais que utilizam urânio enriquecido a 90% - material que permite fabricar armas nucleares - possam funcionar com rendimento similar com urânio de enriquecimento mais baixo.

O primeiro-ministro sul-coreano, Kim Hwang-sik, assinalou que atualmente há no mundo cerca de 200 reatores de pesquisa, dos quais muitos ainda utilizam urânio altamente enriquecido.

Os quatro países buscarão desenvolver um combustível de alta densidade que permita substituir o urânio altamente enriquecido sem que os reatores de pesquisa percam rendimento à hora de gerar nêutrons.

Pelo projeto, os EUA fornecerão este ano 110 quilos de urânio de baixo enriquecimento à Coreia do Sul, que o processará antes de fazê-lo chegar em 2013 ao grupo francês Areva-Cerca, que por sua vez o transformará em combustível de alta densidade U-Mo.

Posteriormente, se comprovará seu rendimento em reatores de pesquisa da França e da Bélgica.

'Se funcionar, os reatores experimentais avançados não necessitarão de urânio altamente enriquecido para ter um alto rendimento', indicou Kim.

O combustível utilizado em reatores de pesquisa representa a maior proporção de urânio altamente enriquecido no setor civil, que utiliza mais de 600 quilos deste material a cada ano. 

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