Mundo

EUA foram "perdedores" nos 40 anos de confronto, diz líder supremo do Irã

O governo americano anunciou nova rodada de sanções ao Irã, que incluirão a venda de petróleo e restrições para o setor portuário iraniano

Supremo líder do Irã, Ayatollah Ali Khamenei. (Official Khamenei website/Reuters)

Supremo líder do Irã, Ayatollah Ali Khamenei. (Official Khamenei website/Reuters)

E

EFE

Publicado em 3 de novembro de 2018 às 10h14.

Teerã - O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, afirmou neste sábado que os Estados Unidos foram os "perdedores" nos 40 anos de confronto com o Irã e que atualmente "estão perdendo o seu poder".

"Nesses 40 anos, o lado vencido foi o dos EUA, o vitorioso foi o do Irã. O motivo pelo qual os EUA são os perdedores é que esse país começou o ataque, mas não atingiu os seus objetivos", disse o líder em discurso reproduzido em seu site oficial.

Segundo Khamenei, os EUA promoveram sem sucesso uma "guerra militar e econômica" com o objetivo de recuperar o domínio que tinham sobre o Irã durante a época do xá, derrubado pela Revolução Iraniana de 1979.

"Os EUA de hoje são muito mais frágeis do que os de 40 anos atrás", afirmou o líder iraniano, segundo o qual essa perda de poder se agravou durante o mandato de Donald Trump, atual presidente americano.

Trump "desacreditou" os EUA e "o mundo se opõe a qualquer um de suas decisões, não só a população, mas também os governos", acrescentou.

"Um dos exemplos do fracasso dos EUA é que não puderam influenciar no espírito independentista dos nossos jovens", analisou Khamenei.

Sobre as novas sanções americanas, o líder comentou que "o objetivo dos EUA era boicotar, paralisar e conter a economia do país", mas, como resultado, o Irã fortaleceu a sua "autossuficiência".

Khamenei declarou que o Irã era um país claramente importador, mas que agora há uma grande produção interna e evoluiu para "a independência política e a independência industrial".

O governo dos EUA anunciou uma nova rodada de sanções ao Irã para a próxima segunda-feira, que incluirão a venda de petróleo, a proibição de transações financeiras com seu Banco Central e restrições para o setor portuário iraniano.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, anunciou ontem que Washington eximirá temporariamente oito países ou "jurisdições" territoriais que fizeram "esforços" para reduzir as suas importações de petróleo de Teerã.

O Ministério das Relações Exteriores iraniano expressou neste sábado que os EUA não conseguiram fazer com que a comunidade internacional aplique as suas sanções contra o Irã e que Washington carece de ferramentas para seguir pressionando os outros países. EFE

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Irã - País

Mais de Mundo

Quem é Pam Bondi indicada por Trump para chefiar Departamento de Justiça após desistência de Gaetz

Na China, diminuição da população coloca em risco plano ambicioso para trem-bala

Rússia diz ter certeza de que os EUA 'compreenderam' a mensagem após ataque com míssil

Autoridades evacuam parte do aeroporto de Gatwick, em Londres, por incidente de segurança