Por lei, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, deve informar ao Congresso se o Egito cumpre com as condições para que se libere a ajuda econômica ou militar (Michael Loccisano/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de março de 2012 às 19h51.
Washington - O governo dos Estados Unidos indicaram nesta sexta-feira que negocia com diversas partes interessadas sobre a possível retomada da ajuda militar ao Egito, embora o país árabe não cumpra com os requisitos para recebê-la.
Por lei, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, deve informar ao Congresso se o Egito cumpre com as condições para que se libere a ajuda econômica ou militar para o ano fiscal 2012, ou se deve fazer uma exceção a esses requisitos pelo 'interesse nacional' dos EUA.
'Não foram tomadas decisões nesses assuntos. No entanto, estamos fazendo consultas com um amplo setor de partes interessadas para dar forma à decisão que ela (Hillary) tomará', disse em entrevista coletiva a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.
Essas consultas incluem membros do Congresso e seus assessores, líderes egípcios dentro e fora do governo, representantes de centros de estudos e ONGs nos Estados Unidos.
Nuland manifestou que a decisão para determinar o desembolso parcial ou total da ajuda pode ser anunciado no meio da próxima semana. 'Teremos que ver o que acontece', destacou.
A porta-voz afirmou que será levado em conta o cumprimento das obrigações de segurança regional e a agilização do processo de uma transição democrática. 'Sempre fomos claros que queremos ver e apoiar um Egito mais democrático e mais próspero. E queremos ver que a região permanece segura'.
Segundo a porta-voz, os EUA ajudaram o Egito durante décadas com mais de US$ 1 bilhão em ajuda militar, dado o papel 'vital' que o país árabe exerce na segurança e estabilidade na região.
Ela ressaltou que essa cooperação militar bilateral permitiu aos EUA terem influência durante este período de transição, iniciado com os protestos do ano passado da Primavera Árabe e que resultaram na queda do regime de Hosni Mubarak.