Mundo

EUA fazem 1º bombardeio na Líbia após ascensão de Trump

O exército norte-americano realizou seis ataques para atingir o grupo Estado Islâmico (EI) na Líbia e matou 17 extremistas

Donald Trump: Último ataque à Líbia aconteceu ainda no governo de Barack Obama (Kevin Lamarque/Reuters)

Donald Trump: Último ataque à Líbia aconteceu ainda no governo de Barack Obama (Kevin Lamarque/Reuters)

A

AFP

Publicado em 24 de setembro de 2017 às 17h44.

O Exército dos Estados Unidos realizou seis ataques de precisão visando o grupo Estado Islâmico (EI) na Líbia, matando 17 combatentes extremistas, informou neste domingo (24) o comando americano para a África (Africom), em um comunicado.

Os bombardeios visaram na sexta-feira um campo do EI, cerca de 240 km a sudeste da cidade de Sirte, na costa do Mediterrâneo.

O campo era utilizado pelos combatentes extremistas para lançar operações dentro e fora do país e para armazenar armas, segundo o comunicado.

Estes foram os primeiros ataques anunciados por Washington na Líbia desde a posse de Donald Trump, em 20 de janeiro.

Os últimos ataques aéreos americanos conhecidos foram no começo de janeiro, ainda no governo de Barack Obama, contra campos do EI suspeitos de planejar operações na Europa.

O comunicado do comando americano na África, que não deu muitos detalhes, aponta que 17 combatentes do EI foram mortos e que três veículos foram destruídos nos ataques de sexta-feira.

"Os Estados Unidos buscarão e caçarão esses terroristas, enfraquecerá suas capacidades e perturbará seus planos e operações através de todos os meios apropriados, legais e proporcionais, incluindo ataques de precisão contra suas forças, campos de treinamento terrorista, assim como associações com forças líbias para negar aos terroristas santuários na Líbia".

A ONU iniciou nesta quarta-feira uma nova tentativa paraestabilizar a Líbia, imersa no caos desde 2011, depois da queda de Muamar Khadafi.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, e o novo enviado das Nações Unidas na Líbia, Ghassan Salame, se reuniram à margem da Assembleia Geral com representantes dos países envolvidos na situação líbia.

"É minha profunda convicção que as condições estão dadas atualmente para tornar possível uma solução", disse Guterres na reunião.

"Não acho que poderemos deixar de aproveitar essa oportunidade. Quero pedir a vocês um forte compromisso para um esforço comum a fim de assegurar que fazemos o possível para ajudar nossos amigos líbios a se reunir e encontrar um futuro de paz, democracia, liberdade e prosperidade", afirmou o chefe da ONU.

A iniciativa tenta delinear um planejamento que começa com uma emenda ao acordo de dezembro de 2015, que instalou um governo interino de acordo nacional. Apesar do acordo, a Líbia continua dividida.

Na reunião participaram o presidente francês, Emmanuel Macron, e a primeira-ministra britânica, Theresa May, cujos antecessores lideraram a intervenção ocidental que ajudou a derrotar a Khadafi.

Também participaram o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, que apoia o chamado Exército nacional líbio, dirigido por Khalifa Haftar, que controla o leste do país, assim como Fayez al-Sarraj, líder do governo de unidade.

Al Sarraj disse mais tarde que no encontro da ONU foi acordada a necessidade de um governo com autoridade sobre todo o território líbio.

Guterres disse que a ONU tem uma série de prioridades, incluída uma estrutura de comando unificado e melhorar o abastecimento de bens e serviços aos líbios.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEstado IslâmicoEstados Unidos (EUA)Líbia

Mais de Mundo

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA

Eleições no Uruguai: 5 curiosidades sobre o país que vai às urnas no domingo

Quais países têm salário mínimo? Veja quanto cada país paga