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EUA exigem que Turquia liberte pastor americano imediatamente

Na quarta-feira, tribunal turco ordenou prisão domiciliar do pastor Andrew Brunson, que está detido desde 2016 e sendo julgado por terrorismo e espionagem

Andrew Brunson: réu, que dirigia uma pequena igreja protestante em Esmirna, pode ser sentenciado a 35 anos de prisão (Demiroren News Agency, DHA/Reuters)

Andrew Brunson: réu, que dirigia uma pequena igreja protestante em Esmirna, pode ser sentenciado a 35 anos de prisão (Demiroren News Agency, DHA/Reuters)

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AFP

Publicado em 26 de julho de 2018 às 15h38.

Donald Trump exigiu nesta quinta-feira que a Turquia liberte imediatamente o pastor americano Andrew Brunson, detido desde 2016 acusado de terrorismo, alertando que está pronto para impor "grandes sanções" contra Ancara.

"Os Estados Unidos vão impor grandes sanções contra a Turquia pela longa detenção do pastor Andrew Brunson, um cristão formidável, homem de família e maravilhoso ser humano. Ele está sofrendo muito. Este inocente homem de fé deve ser libertado imediatamente!", escreveu o presidente americano no Twitter, minutos depois de uma primeira ameaça de medidas punitivas lançada por seu vice-presidente Mike Pence.

A Turquia não tardou a reagir, declarando por meio de seu ministro das Relações Exteriores que "não tolerará as ameaças americanas".

"Ninguém pode dar ordens à Turquia. Jamais toleraremos ameaças de quem quer que seja", declarou o chefe da diplomacia turca,Mevlüt Cavusoglu, no Twitter. "O Estado de direito é válido para todo o mundo; sem exceção", acrescentou.

Na quarta-feira, um tribunal turco ordenou a prisão domiciliar do pastor americano, que está sendo julgado por terrorismo e espionagem.

Brunson, cujo caso aumentou a tensão nas relações entre Ancara e Washington, está preso desde outubro de 2016 e um tribunal de Esmirna (oeste da Turquia) havia ordenado sua permanência em prisão preventiva durante a última audiência do julgamento, na semana passada.

O réu, que dirigia uma pequena igreja protestante em Esmirna, pode ser sentenciado a 35 anos de prisão. Seu processo foi aberto em 16 de abril.

As autoridades turcas o acusam de agir em nome da rede do pregador Fetullah Gülen, a quem Ancara acusa de ser o mentor do golpe fracassado de julho de 2016, mas também em nome do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

Essas duas organizações são consideradas terroristas pela Turquia.

Mike Pence advertiu nesta quinta, que "se a Turquia não tomar medidas imediatas para libertar este inocente homem de fé e enviá-lo aos Estados Unidos, vamos import sanções significativas.

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