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EUA evitam chamar de "genocídio" o massacre dos armênios

Sem falar em genocídio, a declaração do governo pede que se aproveite esta comemoração para "um completo, franco e justo reconhecimento dos fatos"

Pessoas depositam flores no Memorial do Genocídio Armênio Tsitsernakaberd em Yerevan (Karen Minasyan/AFP/AFP)

Pessoas depositam flores no Memorial do Genocídio Armênio Tsitsernakaberd em Yerevan (Karen Minasyan/AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2015 às 09h35.

Washington - A Casa Branca evitou nesta terça-feira se referir ao massacre dos armênios na Primeira Guerra Mundial como um "genocídio", durante uma reunião de altos funcionários do governo com representantes da comunidade armênia.

O secretário da presidência americana Denis McDonough e o assessor do presidente Barack Obama para política externa Ben Rhodes se reuniram nesta terça-feira com representantes da comunidade armênia dos Estados Unidos para discutir sobre o centésimo aniversário do massacre, no dia 24 de abril.

McDonough e Rhodes "discutiram sobre a importância deste aniversário para honrar a vida de 1,5 milhão de armênios mortos durante este período horroroso", informou o Conselho de Segurança Nacional.

Sem falar em genocídio, a declaração pede que se aproveite esta comemoração para "um completo, franco e justo reconhecimento dos fatos".

"Os armênios dizem que até 1,5 milhão de pessoas foram assassinadas entre 1915 e 1917, quando o Império Otomano se despedaçava, e têm buscado o reconhecimento internacional deste massacre como um genocídio. A Turquia afirma que não se trata de 'genocídio' e reage ao uso desta palavra, mais recentemente pelo Papa Francisco".

A Turquia é um aliado-chave dos Estados Unidos no Oriente Médio, e integrante da Aliança Atlântica (OTAN).

Durante a campanha eleitoral de 2008, o então senador Barack Obama defendeu o "reconhecimento do genocídio armênio".

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