Joe Biden: presidente dos EUA e sua equipe discutem formas de estímulo para a economia americana (Alex Wong/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de março de 2021 às 09h31.
Última atualização em 16 de março de 2021 às 16h31.
Após a aprovação do pacote econômico de US$ 1,9 trilhão, o governo de Joe Biden começa a estabelecer parâmetros de como pagar a próxima rodada de estímulos para sustentar o crescimento econômico de longo prazo, com investimentos em infraestrutura, energia renovável e educação.
Existem dois grandes desafios. O quanto do projeto será pago com aumento de impostos e quais podem ser financiados com obtenção de dívida. Em um Congresso dividido, os democratas precisam montar uma proposta que consiga o apoio de praticamente todos os membros do partido. A superação destes problemas vai determinar o quanto da agenda econômica o presidente Joe Biden consegue avançar em seu primeiro ano no cargo.
Com a dívida interna disparando mais de US$ 4,5 trilhões após os empréstimos que o governo contraiu no último ano para os pacotes fiscais, republicanos e democratas mais moderados acreditam que aumento de impostos e cortes são necessários para conter esse cenário. Outros democratas ainda veem a emissão de dívida para financiar projetos de infraestrutura como solução, caso os benefícios econômicos sejam consideráveis.
A alta recente nos Treasuries, com os juros dos títulos de dez anos subindo de 0,9% no início do ano para 1,634% na última sexta-feira, podem indicar alguma preocupação do mercado com uma crise fiscal no longo prazo. Economistas falam que no curto prazo não há riscos, mas que o governo poderia elencar impactos de curto e longo prazo nos projetos como forma de trazer mais claridade.
Outro ponto de atenção que especialistas chamam a atenção é que gastos que geram crescimento potencial no longo prazo não causam tanto impacto fiscal pois se pagam. É o caso de investimentos em infraestrutura, educação e energia renovável, que trazem benefícios econômicos por décadas. No entanto, programas de auxílio permanentes, como auxílios e reforma no sistema de saúde trazem maior pressão. (Fonte: Dow Jones Newswires) Fonte: Estadão Conteudo