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EUA estão mal preparados para perfurar petróleo no Alasca

Almirante americano disse que um possível desastre na região traria consequências sombrias

Acidente no golfo do México: governo teme novos desastres (U.S. Navy/Getty Images)

Acidente no golfo do México: governo teme novos desastres (U.S. Navy/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2011 às 17h06.

Washington - Os Estados Unidos estão mal preparados para responder ao risco de uma catástrofe petroleira no Alasca e deve "intervir em serviços da Guarda Costeira" antes de começar a perfurar no Oceano Ártico, advertiram funcionários do governo.

Apenas um dos três navios quebra-gelos do país está em capacidade de atuar diante de uma eventual catástrofe na costa do norte do Alasca, uma região que fica coberta de gelo na maior parte do ano, disse recentemente o almirante Thad Allen, que esteve a cargo de supervisionar a resposta do governo ao derramamento de petróleo no Golfo do México em 2010.

A ex-vice do governador do Alasca Fran Ulmer foi categórica: antes de perfurar, os Estados Unidos devem "investir em serviços de guarda costeira". Ulmer faz parte de uma comissão da Casa Branca que pediu no mês passado uma maior supervisão federal para evitar que se repita o desastre do Golfo.

Os republicanos, opositores ao governo de Barack Obama e que conseguiram a maioria na Câmara de Representantes em novembro, são a favor da exploração petroleira no Alasca, mas desejam limitar os gastos e poderão ser reticentes a investir em navios quebra-gelos.

O almirante Allen esboçou então um sombrio panorama de quais seriam os problemas que as autoridades teriam de enfrentar no caso de uma emergência no Ártico: na região não há infraestrutura para abrigar empregados do setor muito menos equipes de resgate, nem há um hangar ou material para o degelo dos aviões.

Em dezembro, o secretário do Interior, Ken Salazar, proibiu iniciar novas perfurações no leste do Golfo do México e no Atlântico até 2017, mas anunciou que estão autorizadas no Ártico.

A única companhia que pediu autorização para perfurar na região, a Royal Dutch Shell, anunciou recentemente o adiamento do início das operações porque ainda não tinha obtido as autorizações necessárias.

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