Barack Obama: "até que esse momento chegue, entre nós haverá um problema fundamental" (Kevin Lamarque/Reuters)
Da Redação
Publicado em 10 de novembro de 2014 às 09h18.
Pequim - O presidente americano, Barack Obama, disse nesta segunda-feira que a recente libertação, pela Coreia do Norte, de dois cidadãos de seu país que estavam presos não significa que vá retomar o diálogo sobre o programa nuclear de Pyongyang.
Obama, em breves declarações junto com o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, disse que seu governo está "muito aberto" a fazer novas negociações nucleares com Coreia do Norte Pyonyang se o regime aceitar.
Mas o presidente acrescentou imediatamente que, "até que esse momento chegue, entre nós haverá um problema fundamental", e advertiu que é preciso algo mais do que "pequenos gestos" por parte norte-coreana para poder chegar a esse ponto.
O presidente americano explicou que decidiu enviar ao sigiloso país asiático o diretor nacional de Inteligência, James Clapper, após receber "um indício" de que Kenneth Bae e Matthew Todd Miller podiam ser libertados, embora não tenha dado detalhes.
"Tivemos um indício de que havia uma possibilidade de libertação ... e seguimos isso", se limitou a dizer.
Obama também insistiu que as discussões que Clapper manteve na Coreia do Norte "não foram de alto nível" e não estiveram relacionadas com questões de "preocupação primordial", em uma aparente referência ao tema nuclear.
Questionado se este episódio o permitiu conhecer algo mais sobre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e de sua forma de proceder, Obama se limitou a responder "não".