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EUA está pronto para confirmar vitória de Biden. Trump admitirá derrota?

Os membros do Colégio Eleitoral formalizarão o processo nesta segunda-feira, com os delegados em cada estado

Biden conquistou 306 dos 538 delegados do Colégio Eleitoral, e Trump 232 (Montagem/Exame)

Biden conquistou 306 dos 538 delegados do Colégio Eleitoral, e Trump 232 (Montagem/Exame)

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AFP

Publicado em 14 de dezembro de 2020 às 07h04.

O reconhecimento formal pelo Colégio Eleitoral nesta segunda-feira (14) da vitória de Joe Biden adquiriu um significado incomum este ano, pela recusa obstinada do atual presidente Donald Trump de admitir a derrota. 

Os resultados da eleição de 3 de novembro foram certificados pelos 50 estados americanos, assim com pelo Distrito de Columbia.

O democrata venceu com 81,3 milhões de votos, 51,3% dos sufrágios emitidos, contra 74,2 milhões (46,8%) do republicano.

Mas nos Estados Unidos o presidente é decidido pelo sufrágio universal indireto, e cada estado dispõe de um número determinado de grandes eleitores com base no tamanho de sua população.

Biden conquistou 306 dos 538 delegados do Colégio Eleitoral, e Trump 232. Para vencer a eleição eram necessários ao menos 270.

Os membros do Colégio Eleitoral formalizarão o processo nesta segunda-feira, com os delegados em cada estado.

Durante a noite, Biden pronunciará um discurso para celebrar a confirmação de sua vitória e "a força e resistência" da democracia americana, segundo a equipe de transição.

Sem concessão de Trump

Embora nos últimos anos tenha sido registrados casos de "eleitores infiéis", que votaram em um candidato que não venceu em seu estado, o número nunca foi suficiente para alterar o resultado de uma eleição.

Mas Trump continua fazendo afirmações sem fundamento de que a eleição de novembro foi a "mais corrupta na história dos Estados Unidos", como tuitou novamente no domingo.

A campanha do republicano, porém, não conseguiu provar nenhum caso de fraude e as tentativas de impugnar a votação, examinadas por dezenas de juízes, foram rejeitadas, com apenas uma exceção.

A Suprema Corte, de maioria conservadora graças às designações de três integrantes por Trump, se negou na sexta-feira sequer a considerar duas demandas dos republicanos.

Muitos congressistas republicanos respaldam as afirmações de fraude de Trump, mas alguns estariam dispostos a reconhecer a vitória de Biden após a ratificação do resultado pelo Colégio Eleitoral.

Mas como as pesquisas mostram que apenas um em cada quatro eleitores republicanos aceita os resultados das eleições como válidos, não se espera que Trump admita a derrota a curto prazo.

No fim de semana, ao ser questionado em uma entrevista no canal Fox News se compareceria à posse de Biden em 20 de janeiro, como exige o protocolo e séculos de tradição, Trump se limitou a responder: "Não quero falar sobre isto".

Alguns aliados de Trump especularam sobre a possibilidade de contestar o resultado no dia 6 de janeiro, quando o Congresso validará formalmente a votação do Colégio Eleitoral.

Embora as possibilidades de sucesso da iniciativa sejam praticamente nulas, esta seria mais um exemplo do cenário de profunda divisão em que Biden iniciará sua presidência.

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