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EUA espionaram empresa chinesa, diz o The New York Times

Segundo reportagem do New York Times, a NSA teria espionado os servidores da gigante tecnológica chinesa Huawei, considerada uma ameaça


	Sede da Huawei: espionagem foi revelada por documentos facilitados por Snowden
 (AFP / Aaron Tam)

Sede da Huawei: espionagem foi revelada por documentos facilitados por Snowden (AFP / Aaron Tam)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2014 às 14h04.

Nova York - A Agência Nacional de Inteligência (NSA) dos Estados Unidos teve acesso aos servidores da gigante tecnológica chinesa Huawei, que Washington considerou nos últimos anos como uma ameaça para a segurança, segundo afirmou neste sábado o jornal The New York Times.

A informação, publicada na edição digital do jornal, cita como fonte documentos facilitados pelo ex-analista da CIA Edward Snowden.

Segundo esta publicação, a NSA penetrou nos servidores da Huawei em sua sede de Shenzhen, na China, obtendo informações sobre as operações da empresa e controlando as comunicações de seus diretores.

Um dos objetivos da operação, batizada de 'Shotgiant', era tentar localizar possíveis vínculos entre a Huawei e o Exército Popular de Libertação, segundo um documento datado em 2010.

Os planos, no entanto, iam além e passavam também por explorar a tecnologia da empresa para poder controlar comunicações em seus aparatos exportados a outros países, afirma o 'The New York Times'.

'Muitos de nossos objetivos se comunicam com produtos produzidos pela Huawei', assinala o documento da NSA citado pelo jornal, que acrescenta: 'Queremos assegurar que sabemos como explorar estes produtos' para 'conseguir acesso às redes de interesse'.

Nos últimos anos, os EUA acusaram em várias ocasiões a China de atos de ciberespionagem e roubo de dados de empresas do país.

Além disso, as autoridades americanas trataram de frear a expansão da Huawei e outras empresas chinesas em seu território, alegando que ameaçam a segurança nacional.

Assim assinalava um relatório do Congresso aprovado em 2012, que recomendava ao governo não utilizar produtos da companhia e pedia às empresas americanas não se associar com ela ao considerar que poderia oferecer uma porta à espionagem chinesa.

O movimento produziu então um forte conflito entre Washington e Pequim. EFE

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