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EUA espionaram países do Conselho de Segurança da ONU

Segundo a revista Época, além do Brasil, foram citados no documento outros dois países-membros não-permanentes do Conselho, Japão e México e França


	Objetivo da operação, era 'antecipar' à representante americana perante a ONU, Susan Rice, as informações sobre como os países votariam em relação à resolução contra o Irã
 (Brendan Smialowski/AFP)

Objetivo da operação, era 'antecipar' à representante americana perante a ONU, Susan Rice, as informações sobre como os países votariam em relação à resolução contra o Irã (Brendan Smialowski/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2013 às 13h22.

São Paulo - A Agência de Segurança Nacional (NSA) americana, órgão acusado de coordenar um sistema de espionagem em massa em escala mundial, espionou em 2010 vários dos países-membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, segundo uma reportagem publicada neste domingo pela revista 'Época'.

De acordo com a revista, 'documentos sigilosos do serviço secreto dos Estados Unidos', indicam que o Brasil e outros países do Conselho foram espionados na época em que foram sancionadas medidas contra o Irã, promovidas no organismo pelo país americano.

Além do Brasil, foram citados no documento outros dois países-membros não-permanentes do Conselho, Japão e México, assim como a França, que tem assento próprio na ONU.

Denúncias desse tipo aumentaram desde que o ex-técnico da CIA Edward Snowden revelou o escândalo do programa de espionagem em massa dos Estados Unidos.

O objetivo da operação, afirmou a matéria, era 'antecipar' à representante americana perante a ONU, Susan Rice, as informações sobre como os países votariam em relação à resolução contra o Irã.

A reportagem, no entanto, não especifica se a espionagem aconteceu mediante a violação do e-mail e das ligações telefônicas.

O Brasil, em oposição ao que queriam os Estados Unidos, mostrou independência no Conselho e propôs ao Irã que enriquecesse seu urânio na Turquia para facilitar assim o controle e vigilância internacional de seu programa nuclear.

De acordo com a 'Época', a presidência, a Chancelaria e o Instituto Lula, entidade que atua como porta-voz do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, evitaram comentar o conteúdo do texto.

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