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Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2014 às 15h34.
Washington - O Pentágono anunciou nesta quarta-feira que deve enviar 200 soldados à Ucrânia para realizar durante quase duas semanas manobras militares no noroeste do país.
O porta-voz adjunto do Pentágono, o coronel Steve Warren, confirmou hoje que as manobras, na qual participarão militares de outros países da Aliança Atlântica (Otan), serão realizadas entre 15 e 26 de setembro, não implicarão fogo real e serão centradas em operações de manutenção da paz.
Os exercícios "Rapid Trident" acontecerão na cidade ucraniana de Yavoriv, perto da fronteira com a Polônia e longe das regiões do leste ucraniano palco dos combates entre separatistas, apoiados pela Rússia, e as tropas do governo de Kiev. As manobras, que já foram realizadas no passado, são organizadas pela Otan para dar apoio a países vizinhos não membros da Aliança. A partir de 8 de setembro, a Otan também deve realizar os exercícios navais "Sea Breeze" no Mar Negro.
Ambos os exercícios contarão com participação de vários exércitos da Otan, embora Warren não tenha querido detalhar, por enquanto, a composição e número de tropas totais de membros da Aliança. Os exercícios são os primeiros que levam um considerável número de tropas americanas ao território ucraniano desde que começou a crise no país.
Otan e Rússia seguem se acusando mutuamente de provocar uma escalada no conflito separatista no leste da Ucrânia com sua atitude. A Rússia segue mantendo 10 mil soldados, artilharia, aviação e divisões encouraçadas na fronteira com a Ucrânia e segue apoiando materialmente os separatistas russos, que ameaçaram avançar rumo a novas cidades estratégicas do sul da Ucrânia para consolidar seu poder da Crimeia a Donetsk.
Warren anunciou também que o Pentágono vai aumentar a ajuda material não letal ao exército ucraniano com o envio de equipes de visão noturna. Elas serão somadas a militares e equipes de primeiros socorros que já estão lá.