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EUA enviam tropas ao entorno da Líbia

Forças navais e aéreas foram enviadas pelo Pentágono nesta segunda, após análise sobre a possibilidade de uma intervenção militar na Libia

Protesto em Tobruk, na Líbia: cidade agora controlada pela oposição tem 10 mil habitantes (Marco Longari/AFP/AFP)

Protesto em Tobruk, na Líbia: cidade agora controlada pela oposição tem 10 mil habitantes (Marco Longari/AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2011 às 19h30.

Washington - O Exército americano posiciona forças navais e aéreas em torno da Líbia, informou o Pentágono nesta segunda-feira, no momento em que potências ocidentais analisam a possibilidade de uma intervenção militar contra o regime do coronel Muamar Kadhafi.

"Temos funcionários trabalhando em vários planos de contingência, e acho que podemos dizer que, como parte disso, estamos reposicionando forças para que ofereçam essa flexibilidade assim que as decisões forem tomadas", declarou o porta-voz do Pentágono, Dave Lapan, à imprensa.

A mobilização de "forças navais e aéreas" daria ao presidente americano Barack Obama um leque de possibilidades diante da crise, disse Lapan, sem especificar que navios ou aviões receberam a ordem de se reposicionar, nem que possíveis ações estariam sendo consideradas.

Depois da repressão da oposição pelas forças leais a Kadhafi, os líderes europeus e americanos avaliando utilizar o poder aéreo da Otan para impor uma zona de proteção aérea sobre a Líbia, para impedir que o líder líbio bombardeie seus inimigos.

Para qualquer intervenção militar, os comandantes americanos podem recorrer ao USS Enterprise, que já está no Mar Vermelho, assim como ao navio anfíbio USS Kearsarge, que tem uma frota de helicópteros e cerca de 2 mil marines a bordo.

Além de uma possível zona de exclusão aérea, as nações ocidentais também avaliam a criação de um "corredor" humanitário nos vizinhos Tunísia e Egito para ajudar os refugiados, informou o New York Times.

O governo Obama também discute se o exército americano pode atrapalhar as comunicações para impedir que o coronel Kadhafi transmita mensagens na Líbia, escreveu o Times.

Bases dos EUA e da Otan na Itália podem servir como potenciais áreas de encenação para ações contra a Líbia, incluindo a base americana Sixth Fleet, perto de Nápoles.

O exército americano está preparando um leque de possíveis opções, mas nenhuma decisão foi tomada, informou um funcionário da Defesa.

"Estamos em uma fase exploratória neste momento", informou à AFP outro funcionário americano da Defesa, que não quis se identificar.

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