Policiais somalis marcham em uma parada para celebrações do 70º aniversário das Forças Policiais na capital Mogadíscio (Feisal Omar/Reuters)
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2014 às 21h10.
Washington - Os Estados Unidos enviaram pela primeira vez desde 1993 efetivo militar para a Somália, para ajudar a coordenar as operações das autoridades locais contra a milícia islamita Al-Shabab, informou nesta sexta-feira o jornal "Washington Post".
De acordo com o jornal, que cita vários funcionários americanos do Pentágono como fonte, a pequeno equipe de assessores militares dos EUA está em Mogadíscio, a capital somali, desde fim do ano passado.
É a primeira vez que Washington decide colocar tropas americanas em solo somali desde a fracassada operação "Black Hawk Down" de 1993, em que dois helicópteros foram derrubados e 18 soldados morreram.
Os serviços de inteligência americanos consideram a milícia islamita Al-Shabab, vinculada à Al Qaeda, responsável de vários atentados no país.
O grupo também poderia estar por trás do atentado a um centro comercial de Nairóbi, no Quênia, ano passado, no qual morreram mais de 70 pessoas.
Nos últimos anos, os Estados Unidos realizaram algumas operações na Somália, mas dirigidas da base americana do Djibuti, no Chifre da África.
Desde 2007, os EUA dedicaram notáveis recursos para equipar e treinar a uma força da União Africana, a maior parte dela composta por soldados de Uganda e Burundi, para garantir a ordem e fortalecer o novo governo local.
Ano passado o governo americano reconheceu oficialmente o novo governo federal da Somália, reestabelecendo assim relações diplomáticas, suspensas desde 1991.
O Departamento de Estado dos EUA anunciou a intenção de reabrir a embaixada em Mogadíscio, embora não tenha ainda definido uma data.