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EUA enviam aviso formal de saída do Acordo Climático de Paris

Donald Trump anunciou a saída em junho, ao dizer que o acordo teria custado trilhões de dólares aos EUA, acabado com empregos e prejudicado indústrias

Donald Trump: o presidente disse, na época, que estaria aberto para renegociar o acordo (Zach Gibson/Getty Images)

Donald Trump: o presidente disse, na época, que estaria aberto para renegociar o acordo (Zach Gibson/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 4 de agosto de 2017 às 19h51.

Washington - O Departamento de Estado norte-americano informou oficialmente à Organização das Nações Unidas sua saída do Acordo Climático de Paris em documento emitido nesta sexta-feira, mas deixou a porta aberta para voltar caso os termos melhorem para os Estados Unidos.

O Departamento de Estado informou em nota à imprensa que os EUA irão continuar participando de encontros da ONU sobre mudanças climáticas durante o processo de afastamento, que é esperado para levar ao menos três anos.

"Os Estados Unidos apoiam uma abordagem equilibrada à política climática que diminui emissões enquanto promove crescimento econômico e garante segurança energética", informou o departamento no comunicado.

O presidente Donald Trump anunciou a decisão de deixar o acordo de Paris em junho, dizendo que o acordo teria custado trilhões de dólares aos Estados Unidos, acabado com empregos e prejudicado indústrias do petróleo, gás, carvão e manufatura.

Mas ele também disse, na época, que estaria aberto para renegociar o acordo, que foi aceito por quase 200 países - sendo ridicularizado por líderes empresariais e comerciais que disseram que isto seria impossível.

Durante uma visita a Paris no mês passado para encontro com o presidente francês, Emmanuel Macron, os dois líderes discutiram o acordo e Trump disse a repórteres que "algo pode acontecer a respeito do acordo de Paris, vamos ver o que acontece".

"Como o presidente indicou em seu anúncio em 1º de junho e subsequentemente, ele está aberto para retomar o Acordo de Paris caso os Estados Unidos possam identificar termos que são mais favoráveis para o país, seus negócios, seus trabalhadores, seu povo e seus contribuintes", informou o Departamento de Estado na nota à imprensa sobre o anúncio formal de afastamento.

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