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EUA: economia inicia 2011 com fôlego

Bons resultados no final de 2010 trazem otimismo para o país e facilitam o combate ao desemprego

Desempregados fazem fila em um posto de empregos: assunto é prioridade do governo (Robyn Beck/AFP)

Desempregados fazem fila em um posto de empregos: assunto é prioridade do governo (Robyn Beck/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2011 às 17h55.

Washington - A revisão para cima do Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestre, anunciada nesta sexta-feira, mostra que a economia americana iniciou 2011 com impulso, que deverá conservar.

A alta do PIB do país acelerou durante os últimos três meses de 2010, e alcançou 3,1%, 0,3 ponto a mais do que o anunciado em fevereiro. No terceiro trimestre, o crescimento econômico dos Estados Unidos tinha chegado a 2,6%, segundo a última estimativa do Departamento de Comércio.

Além disso, o departamento revisou para cima em 0,1 ponto o crescimento do PIB para todo 2010, estimando que este alcançará 2,9%.

Com 3,1%, a alta do PIB é superior ao potencial de crescimento da economia americana. Isso significa que é suficientemente vigorosa para permitir reduzir a taxa de desemprego, que caiu 0,9 ponto desde o fim de novembro, mas ainda se mantém elevada para o país, a 8,9% em fevereiro.

Em relação ao primeiro trimestre de 2011 - que está prestes a terminar - e ante os últimos indicadores publicados, alguns economistas (Macroeconomic Advisers) estimam que o crescimento diminuirá para 2,3%, enquanto outros (Deutsche Bank) preveem uma aceleração de 3,8%.

No entanto, já se sabe que o consumo dos lares e o comércio exterior, os dois principais motores do PIB no quarto trimestre, contribuíram menos para o crescimento desde o início do ano.

Já a reconstituição dos estoques das empresas, cuja desaceleração provocou a perda de 3,4 pontos do crescimento ao país, deverá acelerar-se no primeiro trimestre, o que sustentaria o PIB.

As opiniões são ainda mais diversas em relação à evoluição do investimento global (empresas e lares).

O Federal Reserve (Fed) considerou que o crescimento deverá ter desacelerado no primeiro trimestre, mas prevê que se reforçará lentamente durante o ano, até superar em todo 2011 os 2,9% de 2010.

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