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EUA e Turquia discutem criação de zona segura na Síria

A violenta guerra da Síria ficou ainda mais complexa na semana passada, com a Turquia lançando ofensivas em sua fronteira

Turquia: o tenente-general não entrou em detalhes sobre a abrangência de uma zona segura (Uriel Sinai/Getty Images)

Turquia: o tenente-general não entrou em detalhes sobre a abrangência de uma zona segura (Uriel Sinai/Getty Images)

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AFP

Publicado em 25 de janeiro de 2018 às 17h46.

Os comandos militares dos Estados Unidos e da Turquia discutiram a possibilidade de criar uma "zona segura" ao longo da fronteira com a Síria, afirmou um porta-voz do Pentágono nesta quinta-feira, em meio ao aumento das tensões com a intervenção turca na região.

"Claramente, continuamos falando com os turcos sobre a possibilidade de uma zona segura, ou como você quiser chamar", disse o tenente-general Kenneth McKenzie à imprensa.

"Nós examinamos isso há cerca de dois anos em várias situações diferentes, e ainda não há uma decisão final. Nossos comandos militares ainda estão discutindo, então eu diria que é um conceito que está aí (...), é apenas uma ideia que está pairando agora".

McKenzie não entrou em detalhes sobre a abrangência de uma zona segura, mas a mídia turca afirma que o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, disse ao ministro de Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, que apoia a criação de uma área que alcance 30 quilômetros na Síria.

A violenta guerra da Síria, que já deixou mais de 340 mil mortos desde 2011, ficou ainda mais complexa na semana passada, com a Turquia lançando ofensivas contra agentes curdos em Afrin, perto da fronteira turca.

Isso aumentou as tensões com os aliados ocidentais da Turquia, que é membro da Otan, especialmente os Estados Unidos, que apoiaram o curdo YPG na luta contra o grupo Estado Islâmico.

"Particularmente em Afrin, as operações turcas (...) que têm efeito de induzir atritos à equação, de tornar mais difícil focar em por quê estamos na Síria, (...) são algo negativo", opinou McKenzir, acrescentando que ele entendia as preocupações de segurança "legítimas" da Turquia.

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