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EUA e Turquia ativam centro de operações conjuntas no norte da Síria

O centro de operações visa coordenar a instalação dessa "zona de segurança" no nordeste da Síria para separar os territórios curdos da Turquia

Síria: a milícia curda aliada dos Estados Unidos, considerada "terrorista" por Ancara, afirmou que está disposta a cooperar (Ali Hashisho/Reuters)

Síria: a milícia curda aliada dos Estados Unidos, considerada "terrorista" por Ancara, afirmou que está disposta a cooperar (Ali Hashisho/Reuters)

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AFP

Publicado em 24 de agosto de 2019 às 13h12.

O "centro de operações conjuntas" turco-americano na Síria tornou-se totalmente operacional, anunciou neste sábado o ministro da Defesa turco, Hulusi Akar.

"O centro de operações conjuntas começou a funcionar plenamente", disse o ministro, citado pela agência estatal Anadolu.

O ministro explicou que o primeiro voo comum de helicóptero ocorreu neste sábado.

Paralelamente, a milícia curda aliada dos Estados Unidos, considerada "terrorista" por Ancara, afirmou que está disposta a cooperar na criação de uma "zona de segurança" no norte da Síria.

O "centro de operações conjuntas", criado após difíceis negociações entre Washington e Ancara, visa coordenar a instalação dessa "zona de segurança" no nordeste da Síria para separar os territórios curdos da Turquia.

Seu estabelecimento foi proposto pelos Estados Unidos para dissuadir Ancara de lançar uma nova ofensiva contra as Unidades de Proteção do Povo (YPG).

Essa milícia, que lidera a aliança curdo-árabe das Forças Democráticas Sírias (FDS), tem sido o principal parceiro de Washington na luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

Mas o grupo é considerado por Ancara como uma extensão na Síria do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), classificado como "terrorista" não apenas pela Turquia, mas pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

A comando militar dos Estados Unidos no Oriente Médio (Centcom) anunciou em sua conta do Twitter na sexta-feira, com fotos incluídas, que as FDS destruíram algumas de suas "fortificações militares" na fronteira na quinta-feira.

Os limites da "zona de segurança" e o calendário de sua criação não foram comunicados no momento.

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