Marco Rubio durante reunião sobre a Ucrânia, em Riad, na Arábia Saudita (AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 11h13.
Última atualização em 18 de fevereiro de 2025 às 11h18.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguêi Lavrov, concordaram nesta terça-feira, 18, em avançar para a normalização das relações diplomáticas entre os dois países e iniciar a elaboração de um plano para encerrar a guerra na Ucrânia, com o estabelecimento de equipes de negociação de alto nível.
Rubio e Lavrov, que se encontraram em Riad, na Arábia Saudita, concordaram em "estabelecer as bases para uma cooperação futura em assuntos de interesse geopolítico mútuo", segundo um comunicado divulgado pela porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce.
"O presidente Donald Trump quer pôr fim às mortes; os Estados Unidos querem a paz e estão usando sua influência para unir os países. O presidente Trump é o único líder no mundo que pode fazer com que Ucrânia e Rússia cheguem a um acordo sobre isso", afirmou Bruce.
Rubio e Lavrov também concordaram em "estabelecer mecanismos de consulta para resolver os impasses nas relações bilaterais", com o objetivo de normalizar o funcionamento das respectivas missões diplomáticas.
Além disso, anunciaram a criação de "equipes de alto nível para iniciar um plano de encerramento do conflito na Ucrânia o mais rápido possível".
Washington e Moscou também se comprometeram a estabelecer as bases para uma cooperação em assuntos de interesse geopolítico comum, além de explorar oportunidades econômicas e de investimento com um eventual fim do conflito.
Esse encontro entre os chefes diplomáticos ocorre após a conversa telefônica entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, na semana passada, na qual discutiram a necessidade de encerrar a guerra na Ucrânia.
A administração Trump reiterou que a Ucrânia precisará fazer concessões territoriais e ressaltou que Kiev deverá oferecer compensações econômicas, como a exportação de terras raras, pelos bilhões de dólares em apoio militar e financeiro recebidos dos EUA nos últimos três anos, desde a invasão russa.
“Uma ligação telefônica seguida de um encontro não é suficiente para garantir uma paz duradoura. Precisamos de ação, e os passos tomados hoje são importantes”, afirmou Bruce.