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EUA e Rússia dialogam sobre a Venezuela, mas discordam sobre Maduro

Enquanto os EUA reconhecem o líder da oposição, Juan Guaidó, como presidente interino, a Rússia diz que Maduro continua sendo o presidente legitimo do país

"Acho que as conversas foram positivas no sentido de que os dois lados emergiram com um entendimento melhor das opiniões do outro", disse o porta-voz americano (Kevin Lamarque/Reuters)

"Acho que as conversas foram positivas no sentido de que os dois lados emergiram com um entendimento melhor das opiniões do outro", disse o porta-voz americano (Kevin Lamarque/Reuters)

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Reuters

Publicado em 19 de março de 2019 às 15h35.

Roma — As conversas desta terça-feira entre os Estados Unidos e a Rússia sobre a Venezuela foram positivas e substantivas, mas os dois lados continuam divididos a respeito da legitimidade do presidente Nicolás Maduro, disse uma autoridade dos EUA.

"Não, não chegamos a ter um encontro de mentes, mas acho que as conversas foram positivas no sentido de que os dois lados emergiram com um entendimento melhor das opiniões do outro", disse o representante especial dos EUA, Elliott Abrams, aos repórteres.

"Elas foram úteis, elas foram substantivas, elas foram sérias. Concordamos muito quanto à profundidade da crise na Venezuela. Estamos, como eles, profundamente preocupados com a natureza e a seriedade da crise humanitária", disse.

Os EUA e muitos outros países ocidentais apoiam Juan Guaidó, líder da Assembleia Nacional controlada pela oposição que invocou a Constituição em janeiro para assumir uma Presidência interina.

A Rússia diz que Maduro continua sendo o único líder legítimo do país. "Quem fica com o título de presidente ainda é um tema de discórdia", disse Abrams.

A delegação russa nas conversas, que aconteceram em um hotel de Roma e duraram mais de duas horas, foram comandadas pelo vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov.

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