Curdos e outras minorias do norte da Síria autoproclamaram um sistema federal nas zonas sob o domínio das FSD (Bulent Kilic/AFP/AFP)
EFE
Publicado em 15 de janeiro de 2018 às 09h06.
Beirute - Os Estados Unidos e seus aliados na Síria - as mílicias curdo-sírias- estão criando uma nova força que será desdobrada nas zonas fronteiriças com a Turquia e o Iraque, assim como nas linhas de contato com as tropas governamentais sírias, de acordo com informações do diretor do escritório de Informação das Forças da Síria Democrática (FSD), Mustafa Bali, em declarações à Agência Efe.
Bali, que faz parte da formação que é um grupo armado liderado pelas milícias curdas que tem o apoio da coalizão internacional, liderada por Washington, disse que "as FSD, em cooperação com a coalizão e os EUA, têm um plano para 2018 de criar uma guarda fronteiriça federal com 30 mil combatentes".
O porta-voz informou que essa força será desdobrada em áreas da administração autônoma curdo-síria, sob controle das FSD, fronteiriças com a Turquia e o Iraque.
"Também trabalhará nas linhas de contato com o regime na região do Rio Eufrates", detalhou Bali, em referência às províncias do nordeste de Raqqa e Deir ez Zor, onde há presença das autoridades sírias e das FSD.
Bali acrescentou que essa guarda fronteiriça já está recebendo treinamento e logo iniciará sua missão.
A criação dessa força faz parte de uma iniciativa mais ampla de reestruturar as FSD durante este ano.
Os curdos e outras minorias do norte da Síria autoproclamaram um sistema federal nas zonas sob o domínio das FSD.
A criação de uma guarda fronteiriça pode elevar a tensão com a Turquia, que considera as milícias curdas terroristas.
Nas últimas horas, as forças turcas abriram fogo de artilharia contra posições das FSD no enclave de curdo de Afrin, no noroeste da província síria de Aleppo.