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EUA e Cuba restabelecem voos regulares após mais de 50 anos

No voo inaugural estará o secretário de Transporte americano, que esteve na ilha em fevereiro para fechar o acordo que restabeleceu os voos comerciais regulares


	Aviões da JetBlue Airways: o governo dos EUA afirmou que procura "reunir as famílias cubano-americanas
 (Craig Warga/Bloomberg)

Aviões da JetBlue Airways: o governo dos EUA afirmou que procura "reunir as famílias cubano-americanas (Craig Warga/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2016 às 14h34.

Miami - A companhia aérea americana JetBlue realizará na quarta-feira o primeiro voo regular dos EUA a Cuba em 50 anos, após o reatamento das relações diplomáticas entre ambas nações em julho de 2015.

O histórico voo, que partirá durante a manhã do Aeroporto Internacional de Fort Lauderdale/Hollywood (FLL), ao norte de Miami, e pousará no aeroporto Abel Santamaría, da cidade de Santa Clara, será um dos 110 diários diretos que foram aprovados neste ano pelo Departamento de Transporte dos EUA (DOT) a Cuba.

Neste voo inaugural estará o secretário de Transporte americano, Anthony Foxx, que esteve na ilha em fevereiro para fechar o acordo que restabeleceu os voos comerciais regulares entre ambos países.

Trata-se de 20 voos a Havana e 90 a outras cidades cubanas, que partirão em sua maioria do sul da Flórida, onde se concentra a maior população de origem cubana no país.

Nestas rotas poderão viajar americanos que estejam classificados em qualquer uma das 12 categorias de viagens para Cuba permitidas pelo governo dos EUA, na tentativa de suavizar o embargo econômico imposto por Washington a Havana e que proíbe seus cidadãos de viajarem a Cuba como turistas.

As razões de viagens autorizadas para americanos estão relacionadas com atividades culturais, empresariais, educacionais e jornalísticas.

O DOT autorizou em junho passado a JetBlue, American Airlines, Frontier, Silver Airways, Southwest e Sun Country viajarem desde Fort Lauderdale, Miami, Chicago, Filadélfia e Mineápolis a nove cidades de Cuba, sem incluir Havana.

Estas são Camagüey, Cayo Coco, Cayo Largo, Cienfuegos, Holguín, Manzanillo, Matanzas, Santa Clara e Santiago de Cuba.

Com a aprovação destas rotas, o governo dos EUA afirmou que procura "reunir as famílias cubano-americanas e fomentar a educação e as oportunidades para as empresas americanas de todos os tamanhos".

No caso da JetBlue, esta terá inicialmente rotas desde Fort Lauderdale a Santa Clara, Camagüey e Holguín, cuja frequência irá aumentando até ser diária no final do ano, e prevê viajar também a Havana, uma vez o DOT outorgue as autorizações definitivas para a capital cubana.

Devido às solicitações de linhas aéreas para viajar a Havana triplicarem as estabelecidas por ambos governos, sua adjudicação demorou mais dos previsto.

Por ora, o DOT acordou em julho passado que autorizará voos à capital cubana a oito companhias aéreas saindo de Miami, Fort Lauderdale, Orlando e Tampa, na Flórida, além de Newark, New York City, Charlotte, Atlanta, Houston e Los Angeles.

A JetBlue, que viajará para Cuba em aviões Airbus A320, com capacidade para 220 passageiros, precisou que suas tarifas partirão de US$ 99 por trajeto e incluem o seguro médico que exige o governo cubano. 

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