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EUA e Coreia do Sul pedem que Coreia do Norte retire tropas da Rússia

Pentágono afirma que norte-coreanos enviaram ao menos 10 mil soldados para dar reforçar exército russo

O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong Hyun, ao lado do secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, em Arlington (AFP)

O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong Hyun, ao lado do secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, em Arlington (AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 31 de outubro de 2024 às 06h59.

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Os chefes da Defesa dos Estados Unidos e da Coreia do Sul pediram nesta quarta-feira, 30, à Coreia do Norte que retire suas tropas da Rússia, onde Washington afirma que cerca de 10.000 soldados norte-coreanos foram destacados para uma possível atuação contra as forças ucranianas.

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"Peço que retirem suas tropas da Rússia", disse o secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, no Pentágono, onde estava acompanhado do colega sul-coreano, Kim Yong-hyun, que solicitou a retirada imediata das forças de Pyongyang.

Austin afirmou que os Estados Unidos "continuarão trabalhando com aliados e parceiros para dissuadir a Rússia de empregar essas tropas em combate", mas advertiu que é provável que Moscou o faça.

Se as tropas norte-coreanas “lutam ao lado dos soldados russos nesse conflito e atacam soldados ucranianos, estes últimos têm o direito de se defender", ressaltou Austin, acrescentando que os soldados norte-coreanos estariam recebendo “uniformes e equipamentos russos”.

Em mensagem mais explícita ao líder norte-coreano, Kim Jong Un, a delegação dos Estados Unidos na ONU advertiu, horas depois, que seus soldados retornarão mortos se entrarem na Ucrânia. “Aconselharia o presidente Kim a pensar duas vezes antes de se envolver em uma ação tão imprudente e perigosa”, disse o vice-embaixador, Robert Wood, no Conselho de Segurança.

Para o ministro da Defesa sul-coreano, o destacamento militar do Norte poderia “levar a uma escalada das ameaças à segurança da península coreana".

Segundo Washington e Seul, cerca de 10 mil militares norte-coreanos estão na Rússia, embora sua missão não esteja claramente identificada.

O Pentágono havia informado ontem ter detectado "um pequeno número" de tropas norte-coreanas mobilizadas na região russa de Kursk, onde as forças ucranianas realizam uma ofensiva terrestre desde agosto.

Especialistas apontaram que, em troca desse apoio, a Coreia do Norte pode estar pretendendo adquirir tecnologia militar, desde satélites de vigilância até submarinos, além de possíveis garantias de segurança.

O ministro sul-coreano não anunciou em Washington nenhuma mudança na política de Seul, que proíbe a venda de armas para zonas de conflito ativo, incluindo a Ucrânia, apesar dos apelos de Washington e Kiev para que a reconsidere.

O embaixador da Rússia na ONU negou a presença de tropas norte-coreanas em suas fileiras na Ucrânia. "Essas declarações sobre soldados norte-coreanos em nossa frente de guerra são simples afirmações, e buscam apenas desviar a atenção dos problemas realmente importantes que ameaçam a paz e segurança internacionais", disse Vassily Nebenzia ao Conselho de Segurança, acusando Washington e Londres de propagar "desinformação".

Pyongyang também negou ter fornecido soldados à Rússia, embora os dois países tenham reforçado sua aliança política e militar durante o conflito na Ucrânia.

Diplomatas russos anunciaram hoje que a chanceler da Coreia do Norte, Choe Son Hui, viajará a Moscou para ter "conversas estratégicas" com seu colega russo. Já o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, discutiu a guerra na Ucrânia com o vice-chanceler russo, Andrei Rudenko, em meio à polêmica sobre os laços militares entre Moscou e Pyongyang.

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