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EUA e China retomam diálogo militar após mais de um ano de pausa

China suspendeu os diálogos para expressar seu descontentamento pela visita de Nancy Pelosi a Taiwan, em 2022

 General Charles "CQ" Brown, dos Estados Unidos (Agence France-Presse/AFP Photo)

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Agência de notícias

Publicado em 21 de dezembro de 2023 às 17h07.

O alto oficial americano Charles "CQ" Brown falou nesta quinta-feira, 21, com o general chinês Liu Zhenli, informou um porta-voz, depois da interrupção de mais de um ano das conversas militares de alto nível entre os dois países.

A China suspendeu os diálogos para expressar seu descontentamento por uma visita, em 2022, da então presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan. Mas os líderes dos dois países, Joe Biden e Xi Jinping, acordaram retomá-los quando se reuniram no mês passado na Califórnia.

Brown, chefe do Estado Maior Conjunto dos Estados Unidos, "discutiu acerca da importância de trabalhar juntos para gerir responsavelmente a disputa, evitar erros de cálculo e manter linhas de comunicação abertas e diretas", disse seu porta-voz, o capitão Jereal Dorsey, em um comunicado.

"Reiterou a importância de que o Exército Popular de Libertação participe de um diálogo substancial para reduzir a probabilidade de mal-entendidos", indica o comunicado, referindo-se ao Exército da China.

Os dois líderes também "conversaram sobre uma série de questões de segurança global e regional" durante sua videoconferência, acrescenta o comunicado.

Pequim reagiu com irritação à visita de Pelosi a Taiwan em agosto de 2022, cancelando a cooperação com Washington em temas chaves como a mudança climáticas, a luta antidrogas e as negociações militares, e lançando os maiores exercícios de guerra de sua história na ilha.

A China reivindica Taiwan como seu território, prometendo controlar a ilha algum dia, até mesmo pela força se for necessário, e se irrita diante de qualquer contato oficial entre Taipei e governos estrangeiros.

Taiwan vive sob o medo constante de uma invasão chinesa e Pequim intensificou sua retórica e atividade militar nos últimos anos.

O presidente americano, Joe Biden, reuniu-se com seu contraparte chinês, Xi Jinping, na Califórnia em novembro em seu primeiro encontro em um ano, na qual acordaram restabelecer as comunicações entre militares e aliviar as tensões.

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