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EUA e China concordam sobre medidas contra ciberespionagem

O presidente americano disse que ele e seu parceiro chinês alcançaram um "entendimento comum" sobre medidas para conter a espionagem cibernética


	O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama e o presidente chinês, Xi Jinping
 (REUTERS/Kevin Lamarque)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama e o presidente chinês, Xi Jinping (REUTERS/Kevin Lamarque)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2015 às 16h27.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta sexta-feira que ele e seu homólogo chinês, Xi Jinping, alcançaram um “entendimento comum” sobre medidas para conter a espionagem cibernética e combinaram que nenhum dos dois governos irá realizar espionagem com fins econômicos na Internet.

Os dois líderes também revelaram um acordo para aprofundar um pacto histórico de corte de emissões de poluentes firmado no ano passado, delineando novas ações que irão adotar para cumprir as promessas de redução de gases de efeito estufa feitas à época.

Em declarações feitas depois de conversarem na Casa Branca durante a primeira visita de Estado de Xi aos EUA, Obama logo tratou da maior desavença entre as duas maiores economias mundiais – as queixas crescentes a respeito da invasão chinesa a bases de dados governamentais e corporativas.

“Abordo, mais uma vez, nossas preocupações crescentes sobre as ameaças cibernéticas cada vez maiores a empresas e cidadãos norte-americanos. Assinalei que isso tem que parar”, disse Obama aos repórteres em uma coletiva de imprensa conjunta ao lado de Xi. “Hoje posso anunciar que nossos dois países chegaram a um entendimento comum sobre o caminho adiante.”

A Casa Branca declarou que os dois mandatários concordaram em criar um grupo de especialistas veteranos para levar adiante a discussão de questões cibernéticas, e um grupo de alto nível para conversar sobre maneiras de lutar contra os crimes cibernéticos, que irão se reunir no final de 2015 e duas vezes por ano após essa data.

Apesar de a Casa Branca ter estendido o tapete vermelho para Xi, a pompa e a circunstância não esconderam as tensões em uma gama de assuntos, incluindo as políticas econômicas de Pequim, as disputas territoriais com seus vizinhos e o histórico de direitos humanos da China.

As autoridades norte-americanas e chinesas procuraram mostrar as conversas sob uma luz positiva destacando pelo menos uma área de cooperação – o combate global à mudança climática.

Como parte do acordo, Xi anunciou que a China, maior emissor mundial de gases de efeito estufa, irá lançar em 2017 um sistema nacional de ‘cap-and-trade’ – criação de um teto para emissão de carbono e compra e venda de direitos de emissão – para ajudar a conter as emissões do país, sistema esse que irá aprofundar os planos-piloto de sete mercados regionais já em operação na China.

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