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EUA e aliados do Golfo Pérsico debatem reação a ataque na Arábia Saudita

Na Europa, a França fez coro aos Estados Unidos e disse que é improvável que os ataques tenham partido de rebeldes do Iêmen

Mike Pompeo, e príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman: secretário de Estado norte-americano debateu situação do golfo com herdeiro (Mandel Ngan/Pool/Reuters)

Mike Pompeo, e príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman: secretário de Estado norte-americano debateu situação do golfo com herdeiro (Mandel Ngan/Pool/Reuters)

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AFP

Publicado em 19 de setembro de 2019 às 11h25.

Última atualização em 19 de setembro de 2019 às 11h27.

Os Estados Unidos estão debatendo com a Arábia Saudita e outros aliados do Golfo Pérsico reações a um ataque a instalações petrolíferas sauditas que atribuem ao Irã, e que o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, descreveu como um ato de guerra contra a Arábia Saudita.

O presidente dos EUA, Donald Trump, adotou um tom cauteloso na quarta-feira, dizendo haver várias opções que não uma guerra com o Irã, que nega envolvimento nos ataques de 14 de setembro que inicialmente reduziram a produção de petróleo saudita pela metade. Trump ordenou sanções mais duras a Teerã.

"Este é um ataque de uma escala que jamais vimos antes", disse Pompeo a repórteres antes de pousar em Jidá para conversar com o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman.

"Os sauditas foram a nação que foi atacada. Foi em seu solo. Foi um ato de guerra diretamente contra eles".

A Arábia Saudita, que descreveu o ataque como um "teste da vontade global", exibiu na quarta-feira os destroços de 25 drones e mísseis iranianos que disse terem sido usados na ação como provas inquestionáveis da agressão iraniana.

Pompeo também disse que os Estados Unidos estão construindo uma coalizão para deter o Irã.

"Enquanto o ministro das Relações Exteriores do Irã está ameaçando uma guerra e enfrentar até o último americano, eu estava aqui para formar uma coalizão com o objetivo de alcançar a paz", acrescentou.

Nesta quinta-feira, os Emirados Árabes Unidos acompanharam a Arábia Saudita, sua principal aliada árabe, ao anunciar que estão se unindo a uma coalizão global de segurança marítima que Washington vem tentando formar desde uma série de explosões em navios-tanque nas águas do Golfo Pérsico nos últimos meses — pelas quais também se culpou Teerã.

O movimento houthi do Iêmen, que é aliado ao Irã e combate uma coalizão militar de liderança saudita, reivindicou a autoria do ataque a duas usinas petrolíferas sauditas, incluindo a maior instalação de processamento do mundo. Autoridades norte-americanas e sauditas refutaram a afirmação, dizendo que o ataque não partiu do sul.

Provas da responsabilidade iraniana, e indícios de que o ataque foi lançado do território iraniano, podem induzir uma reação de Riad e Washington, que quer conter a influência do Irã na região. Trump já disse que não quer guerra e que está em contato com países do Golfo Pérsico e da Europa.

O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, fez coro aos Estados Unidos e afirmou nesta quinta que a reivindicação dos rebeldes iemenitas huthis sobre os ataques a duas instalações de petróleo sauditas é "relativamente pouco crível".

"Os huthis anunciaram que foram eles que provocaram a ação, mas é algo relativamente pouco crível", declarou Le Drian ao canal francês CNews.

Os huthis reivindicaram o ataque, mas o governo da Arábia Saudita atribui a responsabilidade ao Irã.

Na quarta-feira, o secretário de Estado americano Mike Pompeo, em visita à Arábia Saudita, acusou o Irã e chamou os ataques de "ato de guerra".

 

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