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EUA dizem que sírios construíram crematório em prisão

Em fevereiro a Anistia Internacional relatou que uma média de 20 a 50 pessoas são enforcadas todas as semanas em Sednaya, localizada ao norte de Damasco

Imagem da prisão militar síria de Saidnaya: "Fontes críveis acreditam que muitos dos corpos foram descartados em cemitérios coletivos" (YouTube/Reprodução)

Imagem da prisão militar síria de Saidnaya: "Fontes críveis acreditam que muitos dos corpos foram descartados em cemitérios coletivos" (YouTube/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 15 de maio de 2017 às 18h07.

Washington - Os Estados Unidos têm indícios de que o governo do presidente da Síria, Bashar al-Assad, construiu um crematório em uma grande prisão militar nos arredores da capital Damasco, disse uma autoridade do Departamento de Estado norte-americano nesta segunda-feira.

Stuart Jones, secretário-assistente interino de Estado para Assuntos do Oriente Próximo, disse que funcionários de seu país acreditam que o crematório pode ser usado para destruir corpos em uma prisão onde temem que o governo de Assad autorizou o enforcamento em massa de milhares de prisioneiros durante a guerra civil síria de seis anos.

"Fontes críveis acreditam que muitos dos corpos foram descartados em cemitérios coletivos", disse Jones aos repórteres. Durante sua coletiva de imprensa ele mostrou imagens aéreas do que disse ser o crematório.

"Agora acreditamos que o regime sírio instalou um crematório no complexo prisional de Sednaya que pode destruir os restos de detidos com poucas provas."

Em fevereiro a Anistia Internacional relatou que uma média de 20 a 50 pessoas são enforcadas todas as semanas em Sednaya, localizada ao norte de Damasco.

Entre 5 mil e 13 mil pessoas foram executadas no complexo nos quatro anos transcorridos desde que um levante popular degenerou em uma guerra, afirmou.

Jones também disse não estar otimista com um acordo mediado pela Rússia para estabelecer "zonas de apaziguamento" dentro da Síria.

O acordo foi firmado com apoio do Irã e da Turquia durante conversas sobre um cessar-fogo na capital cazaque, Astana, no início deste mês, das quais Jones participou.

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