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EUA dizem que crise nuclear no Japão está "perto de se estabilizar"

Segundo autoridade nuclear americana, os sistemas de contenção em três reatores da usina nuclear japonesa de Fukushima estão intactos

Usina de Fukushima: agência reconhece que funcionários foram retirados do reator 3 (Jiji Press/AFP)

Usina de Fukushima: agência reconhece que funcionários foram retirados do reator 3 (Jiji Press/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2011 às 19h04.

Washington - A Comissão Reguladora da Energia Nuclear (NRC) dos EUA afirmou nesta segunda-feira que os sistemas de contenção em três reatores da usina nuclear japonesa de Fukushima estão intactos e que a crise está perto de se estabilizar.

"A contenção nos reatores 1, 2 e 3 parece estar funcionando", assinalou o diretor-executivo da NRC, Bill Borchardt, em reunião da comissão para informar sobre a crise no Japão e delinear um plano para revisar os 104 reatores nucleares dos EUA, conforme a ordem dada na quinta-feira pelo presidente Barack Obama.

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, assegurou nesta segunda-feira que há progressos "lentos, mas firmes" para controlar a crise na usina nuclear de Fukushima, onde seguem os trabalhos para esfriar os reatores e restaurar a eletricidade.

A usina continua sofrendo problemas na maioria de seus seis reatores, apesar das unidades 5 e 6 já terem acesso a eletricidade para ativar os sistemas de refrigeração.

A empresa operadora da usina, a Tepco, procura restabelecer a provisão elétrica nos reatores 1 e 2 com cabos externos, da mesma forma que nas unidades 3 e 4.

Borchardt explicou que, embora especialistas americanos acreditem que vários reatores foram danificados de alguma maneira por causa do terremoto de 9 graus na escala Richter, a estrutura de contenção ao redor do núcleo radioativo está intacta em grande medida.

Por sua parte, a NRC pretende revisar durante 90 dias a segurança nos reatores americanos. Um relatório com as conclusões preliminares seria publicado após os primeiros 30 dias de avaliação, segundo Borchardt.

"Não vejo grandes problemas" nos reatores quanto a capacidade de resistir a desastres naturais, tais como terremotos e tsunamis, afirmou o diretor-executivo da Comissão.

Depois da revisão, a NRC poderia recomendar a implementação de mais medidas de segurança.

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