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EUA divulgam provas de que a Rússia treinou rebeldes

Governo americano divulgou imagens de satélite e outras provas que demonstram que a Rússia treinou e equipou os rebeldes que teriam derrubado avião


	Equipes observam os destroços da aeronave da Malaysia Airlines, que caiu na Ucrânia
 (Maxim Zmeyev/Reuters)

Equipes observam os destroços da aeronave da Malaysia Airlines, que caiu na Ucrânia (Maxim Zmeyev/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2014 às 22h51.

Washington - O governo dos Estados Unidos divulgou nesta terça-feira imagens de satélite e outras provas que demonstram que a Rússia treinou e equipou os rebeldes ucranianos que supostamente derrubaram o avião da Malaysia Airlines com 298 passageiros a bordo.

Os EUA sustentam, além disso, que a Rússia seguiu fornecendo tanques, lança-foguetes e outras armas à Ucrânia depois da queda do avião malaio na quinta-feira da semana passada.

Meios de comunicação como o jornal "The Washington Post" e a emissora "CNN" divulgaram algumas das imagens cedidas hoje por funcionários de inteligência não identificados.

Os funcionários citaram, segundo o "Post", sensores que seguiram a trajetória do míssil que supostamente derrubou o avião malaio, marcas de estilhaços na aeronave, análise de conversas dos rebeldes nas quais se atribuem a autoria do fato e fotos publicadas nas redes sociais.

As fontes disseram que os EUA detectaram, justo quando aconteceu o incidente com o avião malaio, o lançamento de um míssil terra-ar na zona do leste da Ucrânia controlada pelos rebeldes pró-russos.

Os funcionários também identificaram, pela primeira vez, uma instalação militar perto da cidade russa de Rostov como o principal conduto do respaldo russo aos separatistas na Ucrânia, segundo o "Post".

O jornal destacou que as citadas fontes se referiram à instalação em Rostov como um centro de treinamento e armas que cresceu de forma considerável no último mês.

A CIA e outras agências de inteligência dos EUA continuam examinando a informação sobre a queda do avião, mas os funcionários dizem que as provas colhidas nos cinco dias desde os ataques apontam de forma arrasadora os separatistas pró-russos no leste da Ucrânia como autores do ataque.

Por outro lado, a comunidade de inteligência americana descarta que forças ucranianas sejam responsáveis pelo ataque.

Três funcionários de inteligência compartilharam hoje essa informação durante um encontro com um grupo reduzido de meios de comunicação. As fontes indicaram que a Rússia tenta manipular a informação para divulgar sua versão da história.

"Este parece novamente um caso típico de tentar culpar as vítimas", afirmou um dos funcionários citado pelo "Post".

Os Estados Unidos garantem desconhecer as identidades ou inclusive as nacionalidades dos que lançaram o míssil que teria derrubado a aeronave da Malaysia Airlines. A espionagem americana também não chegou a uma conclusão sobre o possível motivo do ataque.

Os funcionários que se reuniram hoje com a imprensa mencionaram que os rebeldes poderiam ter derrubado o avião por erro por carecer do treino suficiente para distinguir um alvo militar de um avião civil.

Disseram, além disso, não saber antes do ataque ao avião malaio que o sistema de lançamento de mísseis "Buk", conhecido como SA-11 Gadfly na terminologia da Otan, estava na Ucrânia e asseguraram crer que foi esse sistema o que derrubou o avião.

"Existe um caso sólido que foi um SA-11 disparado do leste da Ucrânia no meio de condições criadas pela Rússia", disse um alto funcionário de inteligência citado pelo "Wall Street Journal".

Segundo esse jornal, um dos principais objetivos da apresentação de hoje foi "não permitir que a narrativa russa" se imponha como a verdadeira.

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