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EUA devem voltar nesta semana ao Conselho de Direitos Humanos da ONU

Decisão reverte movimento da era Trump de distanciamento de organizações e acordos multilaterais

Decisão deve gerar críticas de legisladores conservadores e muitos na comunidade pró-Israel (Tom Brenner/Reuters)

Decisão deve gerar críticas de legisladores conservadores e muitos na comunidade pró-Israel (Tom Brenner/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de fevereiro de 2021 às 06h04.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2021 às 06h11.

A administração Biden deve anunciar nesta semana que se engajará novamente no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), do qual o ex-presidente Donald Trump se retirou quase três anos atrás. A decisão reverte outro movimento da era Trump de distanciamento de organizações e acordos multilaterais.

Autoridades norte-americanas disseram que o secretário de Estado Antony Blinken e um diplomata sênior dos EUA em Genebra vão anunciar na segunda-feira que Washington vai voltar ao órgão com sede em Genebra como observador, com o objetivo de buscar a eleição como um membro. A decisão deve gerar críticas de legisladores conservadores e muitos na comunidade pró-Israel.

Trump saiu da principal agência de direitos humanos do organismo mundial em 2018 devido a seu foco desproporcional em Israel, que recebeu de longe o maior número de resoluções críticas do conselho contra qualquer país, bem como o número de países autoritários entre seus membros. Além disso, não conseguiu obter uma extensa lista de reformas exigidas pela então embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Nikki Haley.

Além do foco persistente do conselho em Israel, o governo Trump tinha problemas com a adesão ao órgão, que atualmente inclui China, Cuba, Eritreia, Rússia e Venezuela, todos acusados de abusos dos direitos humanos.

Um oficial sênior dos EUA disse que a administração Biden acredita que o conselho precisa de reformas, mas que a melhor maneira de promover a mudança é "envolver-se com ele de uma forma baseada em princípios". O funcionário disse que pode ser "um fórum importante para aqueles que lutam contra a tirania e a injustiça em todo o mundo" e que a presença dos EUA pretende "garantir que ele possa atingir esse potencial".

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