A máxima instância judicial britânica determinou no último dia 14 de junho que o processo para a extradição de Assange à Suécia não começaria antes de 27 de junho (Leon Neal/AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2012 às 17h15.
Washington - Os Estados Unidos consideram que o pedido de asilo feito ao governo do Equador pelo fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, ''é um assunto entre Suécia, Reino Unido e do próprio Equador'', disse à Agência Efe William Ostick, porta-voz do Departamento de Estado americano para Assuntos Hemisféricos.
Washington recusou-se a fazer comentários adicionais depois que a embaixada do Equador em Londres confirmou que Assange se encontrava dentro do prédio diplomático e que havia pedido asilo ao governo de Quito.
A embaixada do Equador em Londres informou em comunicado que Assange, que busca evitar sua extradição à Suécia, se apresentou nesta terça-feira à legação diplomática ''para pedir asilo político ao governo do Equador''.
Esta solicitação ocorre apenas cinco dias depois de a Corte Suprema do Reino Unido rejeitar a reabertura do caso Assange e dar via livre a sua extradição à Suécia, onde é acusado de crimes sexuais.
A máxima instância judicial britânica determinou no último dia 14 de junho que o processo para a extradição de Assange à Suécia não começaria antes de 27 de junho.
O fundador do WikiLeaks, que divulgou milhares de documentos diplomáticos confidenciais e comprometedores para os governos, é reivindicado pela Suécia por estupro de duas mulheres às que conheceu durante uma viagem a Estocolmo em agosto de 2010 e com as quais assegura que manteve relações consentidas.
Os advogados de Julian Assange temem que, uma vez na Suécia, o ativista seja entregue aos Estados Unidos para ser julgado por traição pelo vazamento de telegramas diplomáticos.
Julian Assange se encontrava desde dezembro de 2010 sob prisão domiciliar no Reino Unido após ser detido, a pedido da Suécia.