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EUA denunciam Rússia e China por estarem tentando interferir em eleições

Agências de inteligência alegaram preocupação com ações para influenciar os eleitores nas eleições deste ano e nas eleições gerais de 2020

Eleições nos EUA: exemplos de interferência incluem ações via redes sociais e por meio de porta-vozes (Frank Polich/Getty Images)

Eleições nos EUA: exemplos de interferência incluem ações via redes sociais e por meio de porta-vozes (Frank Polich/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de outubro de 2018 às 16h52.

Washington - Em um comunicado conjunto, o gabinete do diretor de Inteligência Nacional dos Estados Unidos, o Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês), o Departamento de Justiça (DOJ, na sigla em inglês) e o FBI disseram estar preocupados com "campanhas em andamento" pela Rússia, China, Irã e outros países para minar a confiança na democracia americana.

No documento, as agências de inteligência alegaram preocupação com atividades que "procuram influenciar as percepções e a tomada de decisão dos eleitores" nas eleições de meio de mandato deste ano e nas eleições gerais de 2020.

De acordo com as agências, as "campanhas em andamento" podem assumir muitas formas. Os exemplos incluem tentativas de influenciar os eleitores por meio de redes sociais, patrocinando conteúdo em língua inglesa, como o canal russo RT, ou "disseminando desinformação por meio de porta-vozes simpatizantes em relação a candidatos políticos e disseminando propaganda estrangeira".

Autoridades de inteligência disseram, no ano passado, que a Rússia tentou interferir na eleição presidencial de 2016 por meios similares.

Após a divulgação do comunicado, o DOJ acusou uma mulher russa de interferir nas eleições americanas, inclusive no pleito de meio de mandato, que irá ocorrer em novembro, por meio das redes sociais.

De acordo com o DOJ , Elena Alekseevna Khusyaynova trabalhou para uma organização cujos integrantes se dedicam a criar conflitos e divisão em interações nas redes sociais. Esse grupo já foi indiciado em fevereiro pelo conselheiro especial Robert Mueller, que investiga a interferência russa na eleição americana de 2016.

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