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EUA denunciam deterioração dos direitos humanos

Relatório condena governo da China e do Irã

Relatório diz que governo chinês ''exerceu um ferrenho controle do acesso e conteúdos da internet'' (Getty Images)

Relatório diz que governo chinês ''exerceu um ferrenho controle do acesso e conteúdos da internet'' (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2012 às 20h31.

Washington - O governo dos Estados Unidos denunciou nesta quinta-feira a ''deterioração'' da situação dos direitos humanos na China e a ''negativa'' do Irã em conceder liberdades a seus cidadãos.

Em seu relatório anual sobre a situação de direitos humanos no mundo relativo a 2011 e publicado hoje, o Departamento de Estado destacou o ''assédio'' que sofrem muitos membros da sociedade civil na China e a ''repressão em todas as formas de dissidência'' por parte do regime iraniano.

O governo chinês, por sua parte, ''exerceu um ferrenho controle do acesso e conteúdos da internet'', e ''acossou e deteve membros da sociedade civil, inclusive ativistas de direitos humanos, jornalistas, escritores e dissidentes'', em um clima no qual retrocederam as liberdades de expressão, assembleia e associação.

Essas liberdades, junto às de movimento e religião, se viram também prejudicadas no Irã, onde o governo ''sentenciou centenas de pessoas à morte e desenvolveu centenas de execuções sem devido processo'', além de ''torturar prisioneiros políticos''.

No relatório também salientam as violações de direitos humanos na Síria, onde o regime de Bashar al Assad usou uma força ''indiscriminada e mortal'' para ''aplacar os protestantes pacíficos'' e lançou ataques militares em todo o país, em um contexto de repressão à liberdade de expressão e ao ativismo político.

Além disso, o governo americano criticou a crescente ''concentração de poder'' no Executivo da Venezuela porque, segundo sua opinião, dificulta a liberdade de expressão e penaliza a oposição política.

Sobre Cuba, o documento assinalou que o governo de Raúl Castro ''continuou sua repressão sistêmica dos direitos humanos e as liberdades fundamentais'' em 2011, e impôs restrições ''severas'' aos meios de comunicação, enquanto ''aumentou a frequência'' das detenções ''arbitrárias'' de ativistas de direitos humanos.

Esse relatório serve como guia para que os legisladores americanos decidam sobre a ajuda externa que concedem a cada país.

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