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EUA dão as boas-vindas a embaixador da Somália após 20 anos

Omar Abdirashid Ali Sharmarke que será o primeiro representante da Somália na Casa Branca após 20 anos


	Mulher e soldado na Somália: chegada do embaixador "representa os últimos progressos no avanço da relação" entre os países
 (Siegfried Modola/Reuters/Reuters)

Mulher e soldado na Somália: chegada do embaixador "representa os últimos progressos no avanço da relação" entre os países (Siegfried Modola/Reuters/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2014 às 23h03.

Washington - Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira a chegada do embaixador da Somália, Omar Abdirashid Ali Sharmarke, que será o primeiro representante do país na Casa Branca após 20 anos.

A chegada do embaixador Sharmarke "representa os últimos progressos no avanço da relação EUA-Somália", indicou a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, em comunicado.

Psaki, que deu as boas-vindas ao diplomata, expressou o desejo dos Estados Unidos de trabalhar com o governo somali para "levar estabilidade, segurança e prosperidade para toda a população somali".

A Casa Branca anunciou no último dia 3 de junho que designaria um embaixador na Somália pela primeira vez em 23 anos, em mais um passo rumo à normalização da relação bilateral.

Em janeiro de 2013 o governo do presidente Barack Obama reconheceu oficialmente o governo federal do país africano e restabeleceu as relações diplomáticas, suspensas desde janeiro de 1991.

A Somália vive em um estado de guerra e caos desde 1991, quando foi derrubado o ditador Mohammed Siad Barre, fato que deixou o país sem um governo efetivo e levou o Executivo americano de George H. W. Bush (1989-1993) a fechar sua embaixada em Mogadíscio e suspender as relações bilaterais.

A milícia islâmica Al Shabab, que anunciou em fevereiro de 2012 sua união formal à rede terrorista Al Qaeda, luta para instaurar na Somália um Estado islâmico de caráter wahhabista, e controla amplas áreas do centro e do sul do país, onde o frágil governo somali ainda não está em condições de impor sua autoridade.

No final do ano passado, os EUA enviaram pessoal militar na Somália pela primeira vez em duas décadas, para ajudar a coordenar as operações das autoridades locais e a Missão da União Africana no país (AMISOM).

Esse desdobramento, que hoje continua, representou a primeira vez que o Pentágono situou tropas americanas em solo somali desde a fracassada operação "Black Hawk Down" de 1993, na qual dois helicópteros foram derrubados e 18 soldados morreram.

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