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EUA cumprem meta de Obama de acolher 10 mil refugiados

O refugiado sírio de "número 10 mil chegará esta tarde", antecipou em comunicado a principal assessora de segurança nacional de Obama, Susan Rice


	Refugiados: em setembro do ano passado, Obama prometeu acolher 10 mil refugiados sírios nos Estados Unidos
 (Fabrizio Bensch / Reuters)

Refugiados: em setembro do ano passado, Obama prometeu acolher 10 mil refugiados sírios nos Estados Unidos (Fabrizio Bensch / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2016 às 15h24.

Washington - A meta do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de acolher 10 mil refugiados sírios no país no atual exercício fiscal, que termina no dia 30 de setembro, será concluída nesta segunda-feira, segundo anunciou a Casa Branca.

O refugiado sírio de "número 10 mil chegará esta tarde", antecipou em comunicado a principal assessora de segurança nacional de Obama, Susan Rice.

A embaixadora americana na Jordânia, Alice Wells, informou ontem que um grupo de famílias que chegará aos EUA para cumprir a meta de admissão de 10 mil refugiados sírios já tinha saído de Amã, "mais de um mês antes do previsto", de acordo com Rice.

Em setembro do ano passado, Obama prometeu acolher 10 mil refugiados sírios nos Estados Unidos durante o exercício fiscal que começou em outubro e terminará no dia 30 de setembro.

Esse número, seis vezes superior ao do exercício fiscal anterior, é "um testemunho do duro trabalho e dedicação" dos funcionários do governo federal, que estão comprometidos com o cumprimento das "expectativas do presidente" e, ao mesmo tempo, em "fortalecer a integridade do programa de refugiados, incluindo seus estritos protocolos de segurança", enfatizou Rice.

"Acima de tudo, agradecemos às muitas comunidades generosas em todo o país que abriam seus braços para esses novos moradores, demonstrando os valores que tornam grande nossa nação", acrescentou a assessora de Obama.

A promessa do presidente americano de acolher refugiados sírios gerou polêmica entre muitos políticos republicanos, preocupados com a possibilidade de que alguns deles pudessem planejar atentados terroristas nos EUA.

O candidato republicano à presidência do país, o magnata Donald Trump, denunciou que o Estado Islâmico (EI) está tentando "infiltrar terroristas" entre os refugiados sírios que buscam asilo na Europa e nos EUA, e propõe um teste "ideológico" para os imigrantes que queiram entrar no país como forma de combater o terrorismo.

Segundo a Casa Branca, os EUA preveem admitir pelo menos 85 mil refugiados de todo o mundo no atual ano fiscal, entre eles "pessoas e famílias vulneráveis de Mianmar, República Democrática do Congo, El Salvador, Iraque, Somália e Ucrânia".

Rice também mencionou o "desafio global" que representa a existência de 65 milhões de pessoas deslocadas, incluindo mais de 21 milhões de refugiados, por situações de violência e conflito no mundo todo.

A ONU receberá no final de setembro uma cúpula mundial sobre refugiados, que deve contar com a presença de Obama e na qual os Estados Unidos querem pressionar outros países para aumentar os recursos dedicados ao problema em nível global. 

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