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EUA culpam Assad por ataque com armas químicas na Síria

O porta-voz da Casa Branca também ressaltou que os atos do regime são consequência da "fraqueza" mostrada pelo governo do ex-presidente Obama

Síria: o país culpou diretamente o regime de Bashar al-Assad (Ammar Abdullah/Reuters)

Síria: o país culpou diretamente o regime de Bashar al-Assad (Ammar Abdullah/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de abril de 2017 às 14h24.

Última atualização em 4 de abril de 2017 às 14h52.

Washington - O governo dos Estados Unidos condenou nesta quarta-feira o "reprovável" suposto ataque químico na Síria que causou pelo menos 58 mortos na cidade de Khan Sheikhoun e alertou que tal ato "não pode ser ignorado pelo mundo civilizado".

O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, disse aos jornalistas que os "atos atrozes" do regime do presidente sírio, Bashar al Assad, são consequência da "fraqueza" mostrada pelo governo do ex-presidente americano Barack Obama.

Spicer lembrou que, apesar ter fixado uma "linha vermelha", o governo de Obama "não fez nada" em 2013 e descumpriu sua promessa de empreender uma intervenção dos EUA na Síria se o regime de Al-Assad usasse armas químicas.

"Os EUA respaldam nossos aliados de todo o mundo na condenação deste ato intolerável", disse o porta-voz do presidente americano, Donald Trump, sobre o suposto ataque químico na cidade de JKhan Sheikhoun, na província setentrional síria de Idlib.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, pelo menos 58 pessoas, entre elas 11 menores de idade, morreram nesse suposto ataque aéreo químico.

Nos últimos dias, vários membros do gabinete de Trump deram indícios de uma possível mudança de postura em relação à defendida pelo governo de Obama sobre como enfrentar o conflito sírio.

Obama considerava necessário que Al-Assad deixasse o poder para conseguir uma saída para guerra.

Mas na semana passada, o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, disse que o futuro de Al-Assad deve ser discutido pelos sírios.

Na segunda-feira, a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Nikki Haley, não descartou totalmente que a luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) possa inclusive levar seu país a conversar com Al-Assad.

O objetivo dos EUA é "fazer o que for necessário para derrotar o EI", e por enquanto essa tarefa não passa por falar com Al-Assad, mas é algo que "pode mudar", afirmou Haley, que neste mês preside o Conselho de Segurança da ONU.

Sem entrar em detalhes sobre se Trump é favorável a continuar pressionando a favor de uma mudança de regime na Síria, Spicer admitiu hoje que seria "absurdo" a Casa Branca insistir na saída de Al-Assad dada a "realidade política" no país árabe.

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