Mundo

EUA criticam China, Rússia, Irã e Coreia do Norte em relatório de DH

Documento do Departamento de Estado diz que países citados cometem violências diariamente contra cidadãos e geram instabilidade

EUA: secretário de Estado interino destaca situações na Síria, em Mianmar e na Venezuela (Jonathan Ferrey/Getty Images)

EUA: secretário de Estado interino destaca situações na Síria, em Mianmar e na Venezuela (Jonathan Ferrey/Getty Images)

E

EFE

Publicado em 20 de abril de 2018 às 17h09.

Os Estados Unidos mencionaram nesta sexta-feira China, Rússia, Irã Coreia do Norte como países que violam "diariamente" os direitos humanos dos seus cidadãos e destacaram também a crítica situação na Venezuela, Síria e Mianmar no relatório anual do Departamento de Estado sobre o tema.

"Os governos da China, Rússia, Irã e Coreia do Norte violam os direitos humanos daqueles que estão dentro das suas fronteiras diariamente, e como resultado geram instabilidade", escreveu o secretário de Estado americano interino, John Sullivan, no prefácio do relatório.

Em entrevista coletiva, Sullivan destacou também como é especialmente preocupante a situação na Síria, pela longa guerra civil; em Mianmar, pela limpeza étnica contra os rohingyas; e na Venezuela, pela sua crise política e humanitária.

"O regime (do presidente venezuelano, Nicolás) Maduro reprime os direitos humanos do seu povo e os impede de ter uma voz em seu governo", indicou o titular interino da diplomacia americana.

Pelo segundo ano consecutivo, o relatório do Departamento de Estado não contém uma "lista negra" dos países que de acordo com os EUA têm o pior histórico de direitos humanos do mundo, uma tradição que o governo de Donald Trump decidiu não seguir.

O relatório, referente 2017 e que serve como base para o Congresso na hora de conceder ajuda externa, contém informação sobre 200 países do mundo, e identifica uma única tendência global preocupante: "A corrupção e fraqueza governamental", que "ameaça a estabilidade global e os interesses americanos".

"Alguns governos são incapazes de manter a segurança e enfrentar as necessidades básicas de seus povos, enquanto outros simplesmente não estão dispostos", indicou Sullivan.

Sobre a Rússia, o relatório indica que a anexação da península ucraniana da Crimeia "continuou afetando significativa e negativamente a situação de direitos humanos" na Ucrânia, e destaca outras violações como "assassinatos extrajudiciais" e "desaparecimentos forçados, tortura sistemática e que às vezes resultava em morte".

Também cita a "falta de independência judicial, os prisioneiros políticos", "graves restrições à liberdade de expressão, de imprensa", de "assembleia pacífica" e de associação, e um "clima de impunidade" gerado pela reticência do governo russo em "processar e punir a maioria dos funcionários que cometeram abusos".

Na China, o relatório indica que as piores violações das quais "o governo foi responsável" incluem "execuções sem o devido processo", " desaparecimentos forçados", torturas, "detenções arbitrárias" e ilegais e restrições às "liberdades de expressão, imprensa, assembleia, associação, religião e movimento".

A respeito do Irã, o documento menciona "um alto número de execuções" por crimes menores segundo os padrões internacionais e sem o devido processo, "os desaparecimentos" forçados, a tortura, "detenções arbitrárias, centenas de prisioneiros políticos", e "graves restrições à liberdade de expressão".

A "repressão dos protestos nacionais que começaram em 28 de dezembro" é considerada no relatório um exemplo das "graves restrições aos direitos de assembleia e associação" no Irã.

Sobre a Coreia do Norte, denuncia "execuções extrajudiciais, desaparecimentos, detenções arbitrárias, tortura, campos de prisioneiros políticos", "julgamentos injustos", "abortos coagidos, tráfico de pessoas" e "negação da liberdade de expressão, imprensa, assembleia, associação, religião e movimento".

Acompanhe tudo sobre:ChinaCoreia do NorteDireitos HumanosEstados Unidos (EUA)Irã - PaísRússiaSíriaVenezuela

Mais de Mundo

Quais países têm salário mínimo? Veja quanto cada país paga

Há chance real de guerra da Ucrânia acabar em 2025, diz líder da Conferência de Segurança de Munique

Trump escolhe bilionário Scott Bessent para secretário do Tesouro

Partiu, Europa: qual é o país mais barato para visitar no continente