Os Estados Unidos pararam de compartilhar informações de inteligência com a Ucrânia após a acalorada discussão entre o presidente americano, Donald Trump, e seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, no Salão Oval na sexta-feira passada, segundo confirmou nesta quarta-feira o diretor da CIA, John Ratcliffe.

Em entrevista à emissora “Fox News”, Ratcliffe disse que o compartilhamento de inteligência poderia ser retomado após a carta de Zelensky a Trump, na qual o líder ucraniano expressou sua disposição de negociar a paz com a Rússia, o que poderia abrir as portas para a reconciliação.

No momento, porém, Washington suspendeu tanto o fluxo de informações quanto o fornecimento de armas ao governo em Kiev, afetando equipamentos no valor de US$ 1 bilhão, alguns dos quais estavam prontos para serem enviados de países como a Polônia.

Ratcliffe explicou que a suspensão ocorreu após a discussão com Zelensky.

"Trump tinha dúvidas reais sobre se o presidente Zelensky estava comprometido com o processo de paz e decidiu interromper o processo", declarou o diretor da agência de inteligência americana.

No entanto, Ratcliffe não especificou se a suspensão foi implementada imediatamente após a reunião de sexta-feira.

Um funcionário de alto escalão dos Estados Unidos disse à Agência EFE na terça-feira que Washington continuaria compartilhando informações de inteligência com a Ucrânia pelo menos até a manhã daquele dia.

A inteligência fornecida por Washington tem sido fundamental para que as forças ucranianas evitem ataques russos e até mesmo alcancem alvos dentro do território da Rússia.