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EUA: Coreia do Norte deve conversar com o Sul primeiro

Hillary Clinton se reuniu com o ministro japonês das Relações Exteriores Takeaki Matsumoto e renovou o seu apelo à Coreia do Norte para desistir de seu programa nuclear

Hillary Clinton, sobre a Coreia do Norte: "Gostaríamos de vê-los se engajar em um diálogo significativo com o Sul em primeira instância, antes de quaisquer outras providências que possam ser tomadas" (Olivier Douliery-Pool/Getty Images)

Hillary Clinton, sobre a Coreia do Norte: "Gostaríamos de vê-los se engajar em um diálogo significativo com o Sul em primeira instância, antes de quaisquer outras providências que possam ser tomadas" (Olivier Douliery-Pool/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2011 às 13h28.

Washington - A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, afirmou nesta sexta-feira que a Coreia do Norte deve conversar com a Coreia do Sul antes de esperar qualquer retomada das negociações de desnuclearização envolvendo Washington.

Hillary reuniu-se com o ministro japonês das Relações Exteriores Takeaki Matsumoto e renovou o seu apelo à Coreia do Norte para desistir de seu programa nuclear, uma fonte de décadas de tensões com o país comunista.

"Nós deixamos muito claro o que esperamos da Coreia do Norte em suas ações futuras", disse Hillary à imprensa.

"Gostaríamos de vê-los se engajar em um diálogo significativo com o Sul em primeira instância, antes de quaisquer outras providências que possam ser tomadas", disse ela.

A Coreia do Norte, com o apoio da China, pediu a retomada das negociações de desnuclearização com o grupo de países envolvidos, ao qual também fazem parte Estados Unidos, Japão, Rússia e Coreia do Sul.

Mas a administração do presidente Barack Obama tem agido com uma política de "paciência estratégica" em relação à Coreia do Norte, insistindo que não vai negociar a não ser que acredite que o diálogo possa produzir progresso.

Na quinta-feira, o ex-presidente americano Jimmy Carter afirmou que o dirigente norte-coreano Kim Jong-Il manifestou o desejo de manter, sem condições, conversações com Estados Unidos e Coreia do Sul.

De acordo com Carter, que encerrou uma visita a Pyongyang após passar três dias na Coreia do Norte acompanhado pelo ex-presidente finlandês Martti Ahtisaari, o ex-premier norueguês Gro Harlem Brundtland e a ex-presidente irlandesa Mary Robinson, Kim fez a proposta em uma mensagem transmitida na quinta-feira.

A delegação não se reuniu com o dirigente norte-coreano durante a visita, mas recebeu uma "mensagem pessoal" de Kim Jong-Il para as autoridades e para a população da Coreia do Sul, anunciou Carter durante uma entrevista coletiva em Seul.

"Kim assegurou que ele e o povo da Coreia do Norte estão preparados para negociar com a Coreia do Sul ou os Estados Unidos sobre qualquer tema, e sem condições", declarou o ex-presidente americano.

"Nos afirmaram de forma específica que está preparado para uma reunião de cúpula com o presidente (sul-coreano) Lee Myung-Bak a qualquer momento", completou Carter.

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