Mundo

Continuidade de colonização por Israel é contraproducente

A Autoridade Palestina havia acusado Israel de "sabotar e arruinar os esforços da administração americana para relançar o processo de paz"

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2013 às 18h12.

Os Estados Unidos consideraram nesta quinta-feira contraproducente o prosseguimento da colonização por parte de Israel, que havia anunciado anteriormente a construção de cerca de 300 alojamentos na colônia de Beit El, na Cisjordânia.

"Como o presidente (Barack Obama) disse, os israelenses devem reconhecer que uma atividade contínua de colonização é contraproducente para a causa da paz" entre israelenses e palestinos, declarou o porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Patrick Ventrell.

"Uma Palestina independente deve ser viável, com verdadeiras fronteiras que devem ser desenhadas. Dissemos isso diversas vezes e nossa posição não mudou", insistiu o diplomata americano.

Israel aprovou a construção de 296 alojamentos na colônia de Beit El, na Cisjordânia, tentando dar garantias aos Estados Unidos, comprometidos com o relançamento das negociações com os palestinos, estagnadas desde setembro de 2010.

A ministra israelense da Justiça, Tzipi Livni, também encarregada das negociações com os palestinos, tinha minimizado o impacto dessa decisão no dia seguinte a um encontro em Roma com o secretário de Estado americano, John Kerry.

"Fui informada do anúncio (sobre Beit El) ao deixar a reunião (com John Kerry). Eu verifiquei (...) e nós imediatamente informamos aos americanos. Não há mais como fazer drama ou como se deixar levar pela raiva", havia afirmado Livni à rádio militar, considerando que os americanos tinham "ouvido(...) entendido e não reagiram".

A Autoridade Palestina havia acusado Israel de "sabotar e arruinar os esforços da administração americana para relançar o processo de paz".

Kerry, que comanda o Departamento de Estado há três meses, fez da retomada do processo de paz entre israelenses e palestinos a prioridade de seu mandato e, para isso, multiplica os contatos diretos com todas as partes envolvidas e as viagens à região.

Acompanhe tudo sobre:PalestinaIsraelConflito árabe-israelense

Mais de Mundo

Conversa entre Lula e Trump muda rumo da crise, mas cenário é imprevisível, dizem analistas

Meloni diz não se opor ao reconhecimento do Estado da Palestina, mas com condições

Macron diz que Trump só poderá ganhar Nobel da Paz se 'parar' guerra em Gaza

Trump quer reformular processo de vistos H-1B e atrair profissionais com maiores salários aos EUA