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EUA confirmam presença de 2,4 mil soldados na fronteira com o México

Cerca de 2,4 mil militares americanos estão na região da fronteira com o México, diz instituição de Patrulha Fronteiriça

EUA: o presidente americano aprovou a presença da Guarda Nacional na região de fronteira com o México (Joshua Lott/Reuters/Reuters)

EUA: o presidente americano aprovou a presença da Guarda Nacional na região de fronteira com o México (Joshua Lott/Reuters/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de maio de 2018 às 16h03.

Austin - A presença da Guarda Nacional americana ao longo da fronteira entre Estados Unidos e México já alcançou a cifra de 2.400 militares, segundo dados da instituição e da Patrulha Fronteiriça (CBP, na sigla em inglês).

Em uma conferência telefônica, funcionários do Departamento de Segurança Nacional dos EUA reafirmaram que essas unidades estão destinadas, em sua maioria, a tarefas de vigilância e inteligência como resultado da "colaboração estreita" entre ambas instituições.

"Não é uma nova união, a CBP e a Guarda Nacional colaboram há muito tempo. Conforme o plano estabelecido pelo presidente (Donald Trump), continuamos traçando uma estratégia para ajustar a melhor ajuda para assegurar nossas fronteiras", afirmou um funcionário do Departamento de Segurança Nacional que preferiu não dar seu nome.

As áreas que centram tal assistência são apoio aéreo, com mais de 12.000 horas de voo previstas até setembro, infraestruturas, apoio operacional com pessoal de rádio e inteligência e trabalhos de vigilância no terreno.

O Texas, um dos estados com maior trânsito fronteiriço, anunciou em abril que pretendia destinar 1.000 soldados na sua área, dos quais, segundo confirmaram na entrevista coletiva, 70% já se encontram no terreno.

O governador do Texas, o republicano Greg Abbott, explicou então que as unidades em áreas de perigo irão com o equipamento "necessário" para realizar "o melhor trabalho possível", incluindo armas de fogo.

No entanto, os funcionários insistiram que a Guarda Nacional centra seu apoio em "trabalhos de vigilância nos centros de operações", com câmeras e outras ferramentas tecnológicas para melhorar a capacidade de observação e, depois, são os agentes da CBP que atuam no terreno para efetuar as detenções.

No caso do Arizona, onde o governador Doug Ducey se comprometeu a enviar 338 soldados, as autoridades informam que já se completou 90% da operação.

Além disso, detalharam que, desde o envio dos militares, aconteceram cerca de 1.600 detenções e 451 deportações de imigrantes sem documentos tentando cruzar de forma ilegal a fronteira, embora ainda estejam em processo de contabilizar estes dados.

"A avaliação geral deste último mês, desde o início do envio, é que a presença da Guarda Nacional é útil, já que melhora os níveis de eficiência e reforça o compromisso do governo com a segurança nacional", acrescentou o funcionário.

O procurador-geral, Jeff Sessions, anunciou em uma recente visita a San Diego, na Califórnia, um plano de "tolerância zero" contra os imigrantes que cruzarem a fronteira do México sem documentos, que em alguns casos poderia derivar na separação de famílias.

Para isso, se reforçará a dotação na área da fronteira com 35 novos procuradores, junto a 18 juízes dedicados em "tempo integral" a atender principalmente as petições de asilo político.

A Patrulha Fronteiriça deteve em março, mês anterior ao envio dos militares, 50.308 imigrantes sem documentos, 13.000 a mais que em fevereiro e mais que o triplo que no mesmo período de 2017.

 

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