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EUA condenam atentado que deixou três mortos em Beirute

A Casa Branca e o Departamento de Estado lamentaram o atentado com um carro-bomba que deixou pelo menos três mortos e 110 feridos em Beirute

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2012 às 21h51.

Washington - Os Estados Unidos condenaram nesta sexta-feira o "ato terrorista" ocorrido no centro de Beirute e garantiram que não têm informação sobre os responsáveis, mas lembraram que as "tensões" no Líbano podem ser um reflexo do conflito na Síria.

A Casa Branca e o Departamento de Estado lamentaram o atentado com um carro-bomba que deixou pelo menos três mortos e 110 feridos em Beirute. O veículo era conduzido pelo chefe de inteligência da polícia libanesa, o general Wissam Hassan, morto no ataque.

"Os EUA condenam nos termos mais fortes possíveis o ataque terrorista de hoje em Beirute", disse em comunicado o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional (NSC) da Casa Branca, Tommy Vietor. "Não há justificativa para se utilizar assassinatos como ferramenta política", afirmou.

"Os EUA se manterão ao lado do governo e do povo do Líbano enquanto trabalham para descobrir os responsáveis deste bárbaro ataque à justiça e para construir um futuro em que todos os libaneses possam viver com segurança e dignidade", acrescentou.

A secretária de Estado, Hillary Clinton, também condenou a morte de Hassan, "que era um forte defensor da segurança do Líbano e da sua gente", e considerou que o ataque é "um sinal perigoso de que continuam existindo aqueles que querem solapar a estabilidade do Líbano".

"O Líbano deve encerrar este capítulo de seu passado e trazer um fim para a impunidade dos assassinatos políticos e de outros atos de violência motivados politicamente. Pedimos a todas as partes moderação e respeito com a estabilidade e a segurança do país", acrescentou Hillary.


A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, também condenou em sua entrevista coletiva diária "nos termos mais rotundos possíveis este ato terrorista que aconteceu no bairro de Achrafieh em Beirute".

"O governo do líbano terá obviamente que fazer uma investigação; por enquanto não temos detalhes sobre quem foram os responsáveis", acrescentou a porta-voz.

Victoria disse, no entanto, que os EUA já levam "meses expressando preocupação pelo aumento de tensões dentro do Líbano, especialmente as tensões sectárias e as resultantes do conflito na Síria".

"Mas não quero chegar a conclusões antes que as autoridades libanesas tenham uma oportunidade de afirmar quem é o responsável", acrescentou.

Os primeiros relatórios apontavam que o atentado tinha provocado oito mortes, mas a agência libanesa "ANN" corrigiu o número.

Segundo pôde constatar a Agência Efe, a explosão estilhaçou os vidros dos imóveis próximos à região e causou pânico entre a população, como no centro comercial ABC, a poucos metros do lugar onde aconteceu o fato. 

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