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EUA celebram esforços da Ucrânia para resolver conflitos

Kerry chegou à capital ucraniana um dia antes da cúpula da Otan em Varsóvia do fim de semana, uma das mais importantes dos últimos anos


	John Kerry na Ucrânia: "Posso garantir em nome do presidente Obama e do povo americano que os Estados Unidos apoiarão a Ucrânia"
 (Gleb Garanich / Reuters)

John Kerry na Ucrânia: "Posso garantir em nome do presidente Obama e do povo americano que os Estados Unidos apoiarão a Ucrânia" (Gleb Garanich / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2016 às 14h22.

O chefe da diplomacia americana, John Kerry, celebrou nesta quinta-feira na Ucrânia os esforços do governo para colocar fim ao conflito no leste do país, onde a insurreição separatista pró-russa prosseguia.

Kerry chegou à capital ucraniana um dia antes da cúpula da Otan em Varsóvia do fim de semana, uma das mais importantes dos últimos anos.

Depois de se reunir com o presidente Petro Poroshenko, Kerry disse que o governo estava fazendo "esforços de boa fé" para aplicar os acordos de paz de Minsk.

Também afirmou que o presidente americano, Barack Obama, foi muito claro com seu colega russo, Vladimir Putin, em uma conversa telefônica na quarta-feira para que a Rússia pare de apoiar os separatistas, algo que Moscou nega.

"Posso garantir em nome do presidente Obama e do povo americano que os Estados Unidos apoiarão a Ucrânia", afirmou.

Por sua vez, Poroshenko reiterou que os Estados Unidos "são e continuarão sendo um aliado chave da Ucrânia na arena internacional".

Kerry esteve pela última vez em Kiev no dia 5 de fevereiro de 2015, quando os combates no leste do país estavam em seu auge, pouco antes dos acordos de paz de Minsk.

"A visita de Kerry era esperada há tempos e é o resultado do diálogo ativo instaurado nos últimos anos entre a Ucrânia e os Estados Unidos. Além disso, é simbólica porque chega às vésperas da cúpula da Otan", afirmou nesta semana Kostiantin Elisseiev, chefe adjunto da administração presidencial.

"Vamos falar de relações bilaterais, questões de segurança internacional, segurança regional e, é claro, da questão da colaboração entre a Ucrânia e a Otan", disse Elisseiev em uma entrevista à televisão ucraniana.

Mais de 9.000 mortos

Há dois anos, a Ucrânia vive um conflito que opõe o exército aos rebeldes pró-russos e que deixou mais de 9.400 mortos.

Kiev e os países ocidentais acusam a Rússia de apoiar os separatistas, o que Moscou nega. Apesar da declaração de várias tréguas, os confrontos na linha de frente são regulares.

Na quarta-feira, o porta-voz militar ucraniano Andrii Lyssenko anunciou que dois soldados morreram e outros dez ficaram feridos no leste em um período de 24 horas.

Os acordos de Minsk de fevereiro de 2015 tinham por objetivo instaurar um cessar-fogo duradouro na zona do conflito e previam reformas políticas, assim como a autonomia das regiões do leste.

Os Estados Unidos insistem para que a Rússia respeite estes acordos, embora desde a invasão russa da Crimeia em 2014 imponham sanções a Moscou.

Em particular, os ocidentais querem a realização de eleições locais no leste da Ucrânia, que consideram um primeiro passo para a reintegração política destes territórios. Mas a Ucrânia se opõe porque teme que a Rússia as utilize para desestabilizar a zona.

Antes de sua visita à Ucrânia, Kerry viajou na quarta-feira à Geórgia, onde Washington reforçou sua cooperação militar pelo temor, assim como na Ucrânia, do possível expansionismo da Rússia nestas antigas repúblicas soviéticas. Os dois países assinaram um acordo de defesa.

Ucrânia e Geórgia esperam poder entrar na Otan, apesar da oposição da Rússia e do fato de que os dois países têm conflitos territoriais com Moscou.

Após sua visita a Kiev, Kerry viajará à Polônia, onde também estarão Barack Obama e vários presidentes e chefes de governo dos países da Otan para participar da cúpula bienal da organização.

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