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Governo dos EUA cancela ajuda de US$ 200 milhões a palestinos

A medida "leva em conta os desafios que a comunidade internacional enfrenta para dar assistência em Gaza"

Funeral de militante do Hamas morto em ataque aéreo israelense na Faixa de Gaza (Mohammed Salem/Reuters)

Funeral de militante do Hamas morto em ataque aéreo israelense na Faixa de Gaza (Mohammed Salem/Reuters)

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AFP

Publicado em 25 de agosto de 2018 às 10h35.

Última atualização em 25 de agosto de 2018 às 17h48.

Washington (AFP) - O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira o cancelamento da ajuda de 200 milhões de dólares aos palestinos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

"A pedido do presidente (Donald Trump) vamos redirecionar mais de 200 milhões de dólares inicialmente previstos para programas na Cisjordânia e na Faixa de Gaza (...) para programas altamente prioritários em outras zonas", informou um alto funcionário do departamento de Estado.

A medida "leva em conta os desafios que a comunidade internacional enfrenta para dar assistência em Gaza, onde o controle do Hamas coloca em risco a vida dos cidadãos e degrada a já terrível situação humanitária e econômica", destacou o funcionário.

O enviado da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) em Washington, Hossam Zomlot, reagiu à decisão afirmando que "esta administração está desmantelando décadas de visão e compromisso dos EUA com a Palestina".

Em janeiro, os Estados Unidos já haviam implementado cortes drásticos em sua contribuição à agência da ONU para os refugiados palestinos, a UNRWA.

As relações entre a administração americana e a autoridade palestina se deterioraram após Trump anunciar a decisão dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

Os palestinos suspenderam o contato com a administração Trump e consideram que os Estados Unidos já não podem desempenhar um papel de mediação no processo de paz no Oriente Médio.

A decisão de cortar o financiamento aos palestinos chega em um momento de crise humanitária na Faixa de Gaza, onde a violência tem crescido desde o início da atual onda de protestos, em março, que já deixou 171 palestinos mortos na fronteira com Israel.

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