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EUA avançam contra discriminação sexual no trabalho

O Senado dos Estados Unidos decidiu avançar na aprovação de uma lei que proíbe todo tipo de discriminação no trabalho em relação à orientação sexual


	Senado dos EUA: proposta é a primeira legislação contra a discriminação no trabalho de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais na história dos EUA
 (Mark Wilson/Getty Images/AFP)

Senado dos EUA: proposta é a primeira legislação contra a discriminação no trabalho de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais na história dos EUA (Mark Wilson/Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2013 às 09h11.

Washington - O Senado dos Estados Unidos decidiu nesta segunda-feira em avançar na aprovação de uma lei que proíbe todo tipo de discriminação no trabalho em relação à orientação sexual, uma medida que pode, no entanto, não contar com votos suficientes na Câmara dos Representantes.

A proposta da Lei de Não Discriminação no Emprego (ENDA, sigla em inglês) é a primeira legislação contra a discriminação no trabalho de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais na história dos Estados Unidos.

A votação para fazer avançar o projeto de lei contou com 61 votos a favor (sete deles republicanos) e garante que o texto será finalmente aprovado antes do final desta semana, para passar depois para os debates na Câmara, dominada pelos republicanos.

O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, apressou-se hoje em dizer que não é a favor da nova legislação porque "aumentará os processos judiciais e vai custar empregos, especialmente nas pequenas empresas".

O presidente americano, Barack Obama, publicou no domingo um artigo de opinião pedindo que o Congresso aprovasse essa lei o mais rápido possível para que, assim como não é permitida a discriminação racial, também não se permita a segregação por orientação sexual.

"Em muitos estados, uma pessoa ainda pode ser despedida de seu emprego simplesmente por ser lésbica, gay, bissexual ou transexual", disse Obama em sua coluna, publicada no jornal online "The HuffingtonPost".

"É ofensivo, é errado e necessitamos acabar com isso porque, nos Estados Unidos, quem você é e quem você ama não deve ser motivo de demissão", argumentou o presidente.

Hoje, após conhecer o avanço da ENDA no Senado, Obama disse durante um ato com simpatizantes democratas em Washington que "pouco a pouco" começamos a perceber que "algo de bom senso começa a prevalecer" no Congresso, mas lembrou que a lei encontrará "resistência" na Câmara.

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, agradeceu em comunicado aos senadores que votaram pelo avanço da lei, pois defenderam "valores fundamentais" como a equidade e a igualdade.

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