Mundo

EUA avalia revisar sanções se Maduro facilitar avanços em negociações

Em comunicado conjunto, os representantes diplomáticos dos Estados Unidos, UE e Canadá saudaram o início de um novo processo de diálogo entre o governo e a oposição da Venezuela

Venezuela: O diálogo ocorrerá no México com a facilitação da Noruega para tentar acabar com a grave crise política e econômica no país (Marco Bello/Reuters)

Venezuela: O diálogo ocorrerá no México com a facilitação da Noruega para tentar acabar com a grave crise política e econômica no país (Marco Bello/Reuters)

A

AFP

Publicado em 14 de agosto de 2021 às 21h29.

Os Estados Unidos, a União Europeia e o Canadá estão dispostos a rever as políticas de sanções contra a Venezuela se o governo de Nicolás Maduro "fizer um progresso significativo nas negociações" com a oposição programadas no México, anunciou o Departamento de Estado dos EUA neste sábado(14).

Em comunicado conjunto divulgado por Washington, os representantes diplomáticos dos Estados Unidos, UE e Canadá saudaram o início de um novo processo de diálogo entre o governo e a oposição da Venezuela e reiteraram sua “disposição de rever as políticas de sanções se o regime fizer avanços significativos nas negociações”, anunciou na véspera.

Após o fracasso das negociações em Barbados, em 2019, e na República Dominicana, em 2018, as partes assinaram na sexta-feira um memorando de entendimento para lançar as bases do processo de negociação que terá início em breve.

O diálogo ocorrerá no México com a facilitação da Noruega para tentar acabar com a grave crise política e econômica na Venezuela, visando o levantamento das sanções internacionais e o estabelecimento de garantias eleitorais.

"Esperamos que este processo leve à restauração das instituições democráticas e permita que todos os venezuelanos se expressem politicamente por meio de eleições locais, parlamentares e presidenciais livres e justas", diz a declaração conjunta do secretário de Estado americano, Antony Blinken, do chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell e do ministro das Relações Exteriores do Canadá, Marc Garneau.

“Instamos todas as partes a participarem com boa fé para chegar a acordos duradouros que levem a uma solução abrangente para a crise venezuelana”, continua o texto.

Também pedem "a libertação incondicional de todos os detidos injustamente por razões políticas", a "independência dos partidos políticos" e "o fim dos abusos dos direitos humanos".

Os Estados Unidos e outros países reconhecem Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, que se proclamou como tal em 2019 quando presidia o Parlamento, hoje nas mãos do chavismo.

Na tentativa de pressionar Maduro, o ex-presidente republicano Donald Trump impôs uma bateria de sanções, às quais aderiram UE e Canadá, e que o governo do democrata Joe Biden já havia se oferecido para flexibilizar caso a negociação avance para "eleições livres".

Maduro atribui a crise em seu país a "sanções criminosas" impostas do exterior, especialmente por Washington.

Fique por dentro das principais notícias do Brasil e do mundo. Assine a EXAME

Acompanhe tudo sobre:CanadáEstados Unidos (EUA)Nicolás MaduroSançõesUnião EuropeiaVenezuela

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'